O Amazonas é o único estado da Região Norte que participa da iniciativa BR Glass, um monitoramento sobre a resistência microbiana em serviços de saúde.
A unidade participante é o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz. A ação é coordenada pela Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
O projeto de resistência antimicrobiana e sistema de vigilância de uso antimicrobiano (GLASS, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS), é resultado de uma parceria da SES-AM e FVS-RCP com Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná (Lacen-PR), além de ter o financiamento do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), dos Estados Unidos.
Por meio da iniciativa, o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz recebem testes rápidos de detecção de resistência microbiana a tratamentos medicamentosos, utilizando tempo, diagnóstico e terapêutica adequada. Por parte do Governo Federal, o Ministério da Saúde envia insumos e apoio logístico para compor a iniciativa.
O projeto inclui monitoramento anual por parte do CDC. Na unidade, a iniciativa ocorre desde agosto de 2022, podendo ser estendida até 2026.
Além disso, o projeto compõe uma plataforma mundial de dados de microbiologia, com objetivo de ajudar na definição de ações para redução de risco de disseminação de microrganismos resistentes a tratamentos medicamentosos e infecções em serviços de saúde.
O gerente do laboratório do Complexo Hospitalar Zona Norte (CHZN), que funciona dentro do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, o farmacêutico bioquímico Rafael Brito, explica que, além dos exames que são processados pelo setor de microbiologia, são realizados alguns testes a mais na intenção de conseguir avaliar melhor o mecanismo de resistência dessas bactérias para que seja possível tratar de forma mais efetiva.
O BR Glass tem financiamento anual de cerca de US$ 800 mil (cerca de R$ 4,8 milhões) do CDC.
Monitoramento
Por meio do BR Glass, as amostras de bactérias e fungos multirresistentes de pacientes coletadas e selecionadas nas unidades de saúde participantes, como o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz, são enviadas aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Em Manaus, as amostras serão encaminhadas para o Lacen-AM, integrante da FVS-RCP.
O fluxo de encaminhamento de amostra segue ao Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (LAPIH/IOC/Fiocruz) e ao Lacen-PR.
Os dados, das unidades participantes da iniciativa, são lançados no sistema de monitoramento do BR-GLASS para que seja realizado acompanhamento em tempo real.
