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Justiça mantém prisão de influencer e ex-marido envolvidos em esquema de rifas pela internet

A Justiça do Amazonas manteve a prisão da influencer digital Isabelly Aurora e do ex-marido, Paulo Victor Monteiro Bastos. Os dois são investigados por suspeita pertencer a um esquema de venda fraudulenta de rifas pela internet, em Manaus. Os dois passaram por audiência de custódia na quinta-feira (6).

Isabelly, Paulo e o também influencer Lucas Picolé foram presos na quarta (5) por suspeita de envolvimento no esquema ilegal onde o ganhador da rifa era um conhecido ou parente dos influenciadores e devolvia o prêmio. Com o dinheiro arrecado eles compravam carros luxuosos e importados. A ex-servidora pública municipal Flávia Matos da Silva também é das investigações, mas está foragida.

Segundo a Polícia Civil, os influenciadores ofereciam carros, motos e dinheiro em espécie nas redes sociais por meio de rifas. No entanto, os veículos voltavam para eles, após os sorteios.

Na audiência de custódia de Isabelly, o juiz Rosberg de Souza Crozar “constatou que o mandado de prisão expedido nos autos de origem preencheu as formalidades legais” da lei, e manteve a prisão da influencer.

No entanto, a defesa pediu a substituição por prisão domiciliar, já que Isabelly possui um filho de um ano, que ainda se encontra em processo de amamentação.

Já a prisão de Paulo Victor foi analisada pela juiza Patrícia de Campos que também entendeu que o mandado de “prisão expedido nos autos de origem preencheu as formalidades legais, razão pela qual concluiu pela legalidade do ato prisional”.

Com as decisões, os dois serão encaminhados para o Centro de Recebimento e Triagem (CRT), e posteriormente serão encaminhados à presídios da capital.

Operação

Na quinta-feira (29), Picolé, Mano Queixo e Flávia já haviam sido presos na primeira fase da operação. Isabelly também foi alvo, mas não chegou a ser detida.

Na audiência de custódia, Picolé e Mano Queixo tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, e Flávia foi solta. De acordo com a polícia, os suspeitos movimentaram mais de R$ 5 milhões em 1 ano.

Conforme as investigações, Lucas Picolé era dono de uma loja especializada em vender roupas e artigos de marcas de grifes famosas. Mas os investigadores apuraram que todos os produtos vendidos eram falsificados.

O dinheiro das vendas caía direto na conta da cunhada de Lucas, Flávia. Suspeita de atuar na lavagem de dinheiro, ela é funcionária da Prefeitura de Manaus. Flávia também chegou a ser presa por receptação de produtos falsificados, mas foi solta em audiência de custódia na sexta-feira (30).

Esquema

Segundo a polícia, Paulo Victor auxiliava Isabelly na lavagem de dinheiro do esquema. De acordo com o delegado Cícero Túlio, que comanda as investigações do caso, diversos objetos e veículos que eram comprados por Isabelly foram colocados no nome dele a fim de dissimular o escoamento dos valores.

Durante a prisão de Paulo Victor, a polícia encontrou uma pistola calibre 9mm, 10 munições.

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