
O governo anunciou nesta sexta-feira (7) o fim do programa de desconto para carros, diante do esgotamento dos recursos disponibilizados e com o fracasso do plano mostrado nas imagens dos pátios das montadoras lotados de veículos encalhados e com o anúncio de férias coletivas de trabalhadores do setor automotivo devido a baixa venda registrada.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Geraldo Alckmin, disse nesta manhã que o programa deu “fôlego à cadeia automotiva”, apesar das imagens mostrarem o contrário.
A estimativa é que 125 mil veículos tenham sido vendidos, com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil para carros de até R$ 120 mil.
No caso dos carros de passeio, o governo afirma que foram liberados R$ 650 milhões em descontos. Outros R$ 150 milhões serão usados para compensar a perda arrecadatória do programa, de modo que o custo total foi de R$ 800 milhões.
Para os outros veículos contemplados, os recursos ainda não se esgotaram. Para caminhões, foram usados R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões oferecidos no programa. Para ônibus, foram R$ 140 milhões já solicitados, do total de R$ 300 milhões.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia antecipado que não havia mais “espaço fiscal” para ampliar novamente a medida.
O governo já havia estendido o programa uma vez, no fim de junho. Inicialmente, foram disponibilizados R$ 500 milhões para descontos às pessoas físicas em carros de passeio.
Com a alta demanda pelos recursos, que se esgotaram em poucas semanas, o orçamento foi ampliado para R$ 800 milhões, além da inclusão das compras por pessoas jurídicas, como locadoras.