O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Amazonas lançou uma licitação para terceirizar a supervisão das obras de reconstrução das pontes sobre os rios Autaz Mirim e Curuçá, nos quilômetros 23 e 24 da BR-319, que desabaram em setembro do ano passado.
O chamamento de empresas para o pregão está publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (28). O prazo para envio de propostas termina no dia 15 de agosto.
O edital mostra que o contrato deve custar R$ 7.852.326,48 e ter prazo de 12 meses de duração.
De acordo com o superintendente do Dnit-AM, Luciano Moreira Filho, os contratos de supervisão de contratos não são raros e fazem parte do cotidiano administrativo do departamento.
Durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em dezembro do ano passado, Luciano Moreira Filho disse que o Dnit não tem pessoal próprio suficiente para fiscalizar as empresas que contrata e que, por isso, contrata empresas para fiscalizar as outras empresas.
“ O nosso quadro de servidores (do Dnit) não têm condições de realizar um trabalho dessa magnitude aqui. Todas as medições (de contratos) passam pela supervisora para a medição mensal da empresa executora. Ela (empresa supervisora) também tem que ter uma equipe técnica boa e qualificada para exigir qualidade dos serviços que estão sendo executados”, disse o superintendente do Dnit-AM, Luciano Moreira.
As pontes na BR-319 desabaram nos dias 28 de setembro (sobre o Rio Curuçá) e 08 de outubro (sobre o Rio Autaz Mirim), ambas em 2022.
Relembre o caso
A ponte sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro de 2022. Pessoas e veículos, incluindo um caminhão, caíram no rio. No dia 8 do mês seguinte, a segunda ponte caiu, horas após ser interditada na rodovia federal.
Infográfico mostra área onde fica ponte Autaz Mirim, que desabou no dia 8 de outubro de 2022 no Amazonas – — Foto: Arte g1
Após os desabamentos, parte das cidades do Amazonas ficaram isoladas por terra. Agravado pela seca dos rios, que inviabiliza o transporte fluvial, o problema afetou o abastecimento em, pelo menos, três municípios. O transporte de alimentos e combustíveis foi prejudicado.
Desde os desabamentos, ocorridos há três meses, as duas pontes não foram reconstruídas pelo Dnit. Os destroços das estruturas também continuam nos locais.
Nos dois trechos, foram instaladas estruturas provisórias para a passagem de pessoas e veículos. A ponte sobre o Rio Curuçá, primeira a desabar, recebeu uma balsa, que liga as duas extremidades do rio.
Já a ponte a Autaz Mirim teve um trecho aterrado de ponta a ponta.
