
O 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva (12° GAAAe Sl) realiza, no início da manhã desta quinta-feira (10), uma demonstração do míssil terra-ar RBS-70, que opera na defesa antiaérea do Comando Militar da Amazônia (CMA). A apresentação acontece na base do Exército, no município de Rio Preto da Eva, na Região Metropolitana de Manaus.
O armamento, que pode ser operado por um soldado e disparado de um tripé como base de lançamento, está adaptado para as condições da selva amazônica, mesmo em condições adversas.
Ele tem a possibilidade de ser empregado em diversas situações meteorológicas, como em meio a temporais, muito comuns na região – o que aumenta a sua performance em atingir o alvo nesse ambiente operacional.
O fato de poder ser facilmente embarcado em diferentes tipos de veículos e aeronaves, o
RBS-70 tem uma versatilidade importante, permitindo que as tropas sejam mais ágeis e capazes de responder a
diferentes ameaças em variados cenários.
A simplicidade de montagem e operação do equipamento também é um grande benefício, tornando mais fácil o treinamento e o uso eficiente do sistema.

Tiro real
Treinamentos com o tiro real, que acontecerá na próxima quinta-feira, são fundamentais para verificar a precisão e eficiência do material antiaéreo, além de manter as tropas bem preparadas para enfrentar situações reais de combate.
Segundo CMA, “essas oportunidades contribuem significativamente para a capacidade de dissuasão do Exército Brasileiro na região da Amazônia Ocidental, garantindo a segurança e a soberania da área”.
O sistema RBS-70 confere maior capacidade de combate ao Exército Brasileiro, flexibilidade, eficácia e facilidade de uso da tecnologia na defesa da Amazônia brasileira.
Sobre o míssil de baixa altitude
O RBS 70 NG é a nova geração do sistema de defesa antiaérea de baixa altura utilizado pelo EB desde 2014. O Brasil comprou 50 deles por quase 300 milhões de dólares da fábrica sueca, Saab.
Ele possui capacidade de acompanhamento automático do alvo (“auto tracking”), resultando em uma maior probabilidade de acerto e permite um menor tempo de treinamento do operador. A taxa de acerto da versão anterior era de 100%.
Com alcance de 7 km, otimizado para 8 km quando lançado pelo NG, o míssil Mk.2 pode atingir alvos a quatro mil metros de altitude, em uma velocidade de Mach 2 (cerca de 2.500 km/h) e mantendo seu guiamento por feixe de laser, que impossibilita qualquer tipo interferência de contramedidas eletrônicas.
O novo sistema pode ser operado remotamente, cumprindo missão de defesa antiaérea estática, bem como empregado contra alvos terrestres com blindagem leve, pelo fato de sua ogiva, além de ser de fragmentação, ser do tipo HEAT (“high-explosive anti-tank”).


