Portal Você Online

Barbárie: grávida assassinada teve o filho retirado do corpo e queimada num barril de óleo diesel

A estudante Débora da Silva Alves, 18 anos, grávida de oito meses, foi sequestrada, torturada, estrangulada, teve o filho retirado do ventre, e o corpo jogado dentro de um barril de óleo diesel e incendiado, que depois foi jogado de um precipício no bairro do Mauazinho, na zona Leste de Manaus.

O assassino, Gil Romero Machado Batista, confessou em depoimento na polícia que retirou o bebê com uma faca de cozinha colocou dentro de um saco e jogou no rio, próximo do município de Carreiro da Várzea, na Região Metropolitana de Manaus, no Encontro da Águas dos rios Negro e Solimões. Ele é apontado como mentor e autor da morte de Débora.

A informação é do delegado da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10), sobre o caso.

Segundo ele, o segurança Gil Romero Machado, 41 anos, e José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego” ou “Neguinho”, ambos já presos por investigadores da DEHS. “A polícia não tem dúvidas do envolvimento deles nesse crime bárbaro e cruel, pois já confessaram”, disse Cunha.

Gil Romero e José Nilson estão indiciados pelos crimes de feminicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, cruel e ocultação de cadáver; aborto, associação criminosa e por não permitir a defesa da vítima. Se condenados com pena máxima, poderão ser sentenciados a mais de 40 anos de prisão.

Mantida prisão

Romero teve audiência de custódia nesta quinta-feira (10). A juíza plantonista do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu manter o mandado de prisão. Ela determinou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) tome as providências necessárias para garantir a integridade física do preso devido a comoção social provocada pelo caso.

Emboscada e maldade

De acordo com o delegado Cunha, na noite do dia 29 de julho, Gil Romero armou uma emboscada para Débora. Ele foi buscá-la em sua casa, na comunidade Gilberto Mestrinho, com a desculpa de dar o dinheiro para ela comprar o berço do bebê, mas sua intenção já era matá-la.

Débora foi levada para a usina termelétrica desativada onde Gil Romero trabalhava, no bairro do Mauazinho, Zona Leste. Ainda no carro, os dois discutiram e com uma corda, ele a estrangulou com a ajuda de Nego.

Na tentativa de encobrir o crime, os criminosos decidiram ocultar o cadáver. Colocaram o corpo de Débora no tonel, derramaram óleo diesel, atearam fogo, tamparam e jogaram do alto de um barranco.

Nego foi para casa e Gil Romero continuou trabalhando normalmente. Sozinho, Gil Romero lembrou do bebê. Caso o corpo de Débora fosse encontrado e submetido ao exame de DNA, descobririam que ele era o pai.

Ele confessou que foi até a cozinha, pegou uma faca de serra usada para cortar pão, abriu a barriga da vítima, arrancou a criança, colocou em um saco de estopa com alguns pedaços de ferro, foi até o porto da Ceasa, pegou uma lancha e jogou o bebê no rio. Depois, voltou para casa e dormiu.

O corpo de Débora foi encontrado no último dia 3 de agosto, no bairro Mauazinho, após cinco dias desaparecida, em avançado estado de decomposição dentro do tonel com óleo. O dispositivo estava de boca para baixo, e o corpo de Débora estava sendo devorado pelas larvas.

O reconhecimento do corpo da estudante foi feito pela mãe e tias, por meio do vestido e brincos que ela usava no dia em que foi atraída para a morte.

Até o momento, segundo o delegado Ricardo Cunha, o Instituto Médico Legal ainda não emitiu o laudo com a causa da morte de Débora.

Prisões

Gil Romero Machado, que mantinha um relacionamento extraconjugal, foi preso na cidade de Curuá, região Oeste do Pará, em uma operação conjunta das Polícias Civis do Amazonas e do Pará, na noite de terça-feira (8).

Nesta quinta-feira, a companheira de Gil, Ana Júlia Azevedo Ribeiro, 29 anos, foi presa por mentir em depoimento aos policiais da DEHS. Ela estava com um mandado de prisão em aberto, segundo informações da delegada Déborah Barreiros, adjunta da DEHS.

Entretanto, foi esclarecido que ela não teve envolvimento com a morte de Débora. José Nilson foi preso no último dia 4 de agosto.

O delegado geral da Polícia Civil, Bruno Fraga, classificou o crime praticado por Gil Romero e José Nilson como barbaridade e sem explicação para tal comportamento.

Hoje, no final da coletiva, Bruno Fraga afirmou que o crime está elucidado com a prisão e a confissão dos envolvidos no caso.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *