Marcio André Nepomuceno Garcia, o MC Marcinho, morreu neste sábado (26), vítima de falência múltipla de órgãos, aos 45 anos. A informação foi confirmada por nota pelo Hospital Copa D’Or, localizado na zona Sul do Rio de Janeiro, onde o cantor estava internado para tratar uma cardiopatia e doença renal crônica.
“O Hospital Copa D’Or confirma com pesar a morte da paciente Marcio André Nepomuceno Garcia na manhã deste sábado(26), às 9h10, em decorrência da falência múltipla de órgãos. O hospital se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda”, diz o comunicado.
Nas últimas 24 horas, o quadro clínico de Marcinho apresentou uma piora significativa. O artista estava hospitalizado desde o dia 27 de junho deste ano, após sofrer uma parada cardíaca, e estava sob cuidados intensivos no hospital.
Histórico de saúde
O funkeiro sofria de sérios problemas cardíacos. Em março deste ano, o MC revelou que estava debilitado e precisava passar por uma cirurgia para trocar um marca-passo implantado desde 2021.
Na época, a equipe do artista informou que o procedimento havia sido bem-sucedido e o quadro clínico era estável.
Além da condição no coração, o funkeiro já sofreu um acidente de carro e quase perdeu a perna. Por conta disso, precisou ficar por meses em uma cadeira de rodas. Também enfrentou algumas infecções graves no estômago e no pé.
Biografia
Márcio André Nepomuceno Garcia, o MC Marcinho, nasceu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e ficou conhecido nacionalmente como um dos maiores representantes do chamado “funk melody”.
O músico emplacou dois sucessos antes dos 20 anos, “Rap da Solidão” e “Princesa”, mas logo perdeu espaço para o “baile de corredor”.
“As pessoas iam para o baile brigar. Lado A de um lado, lado B de outro e minutos de luta sem seguranças por perto. Ninguém quer brigar escutando música romântica, né? Ficou muito difícil para mim porque sempre fui mais melódico e romântico”, disse o funkeiro em entrevista. À época, 2017, ele precisou trabalhar na administração de um hospital para conseguir pagar as contas. O cantor só passou a viver do funk após o lançamento de “Glamurosa”, em 2001.