
Dragas utilizadas por garimpeiros para a extração de ouro foram destruídas nesta semana no Rio Juami, localizado nos municípios Japurá, Santo Antônio do Içá e Tonantins, no Amazonas, durante a Operação Poraquê realizada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), com apoio de agências e órgãos de Segurança Pública.
Tropas da 16ª Brigada de Infantaria de Selva (16ª Bda Inf Sl), baseadas em Tabatinga – a 1.100 km de Manaus – já percorreram 2.500 quilômetros na região da tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru, em meio a selva e rios para executar ações pontuais contra o garimpo e o desmatamento ilegal.
Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuaram junto com os militares na destruição das dragas. Além do ICMBio, existe a atuação de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) nesta operação.

A missão do Exército Brasileiro segue com operações preventivas e de repressão a crimes transfronteiriços e ambientais na região.
As ações são baseadas em dados de inteligência fornecidos pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).
A articulação da 16ª Bda Inf Sl faz parte também da proteção de comunidades indígenas e fiscalização da fronteira com trabalhos integrados na região.
As atividades da operação estão voltadas para o combate a crimes como mineração ilegal de ouro, caça e pesca predatórias, tráfico de drogas e armas, além da preservação do meio ambiente.
Área de proteção ambiental
A região onde é realizada a Operação Poraquê está localizada a Estação Ecológica (ESEC) Juami-Japurá, a 700 quilômetros de Manaus e junto à fronteira com a Colômbia. Imagens de satélite identificaram os crimes na área de proteção integral aumentaram nos primeiros meses deste ano.
A Juami-Japurá é unidade de conservação federal desde 1983 e abriga florestas, pesquisas científicas e o sinuoso rio Juami, afluente do rio Japurá, que vem da Colômbia e deságua no Solimões, no Brasil.


