O general Walter Souza Braga Neto teve o sigilo telefônico quebrado pela Polícia Federal, nesta terça-feira (12), durante operação que apura supostos crimes de organização criminosa e corrupção durante a intervenção federal em 2018, no Rio de Janeiro.
A investigação começou com a cooperação internacional de Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), a qual informou que a empresa estrangeira e o Governo celebraram contrato, por meio do Gabinete de Intervenção, Braga neto, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), que atuou como interventor.
A compra sem licitação de coletes balísticos teve sobrepreço no valor de R$ 40,1 milhões.
A autoridades americanas descobriram o crime no curso da investigação americana sobre assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021, na qual a referida empresa ficou responsável pelo fornecimento de logística militar para destituir Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano.
Após a suspensão do contrato pelo Tribunal de Contas da União, o valor foi estornado no dia 24/09/2019.
Além desta contratação, a Operação Perfídia investiga o conluio de duas empresas brasileiras que atuam no comércio proteção balísticas e formam um cartel desse mercado no Brasil. Tais empresas possuem milhões em contratos públicos.
Polícia Federal cumpre 16 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Perfídia nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.