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Se há algo público e notório no primeiro ano do terceiro governo do presidente Lula é o número de viagens internacionais do petista. Ele já passou que dois meses deste ano fora do Brasil. Diante desse quadro, a Força Aérea Brasileira (FAB) estuda trocar os aviões presidenciais e estabeleceu alguns critérios para isso.
Publicamente, o governo não admite que pretende comprar um novo avião, mas, segundo reportagem do jornal O Globo, a FAB já determinou como requisitos para o novo “Aerolula” a presença de itens como suíte com chuveiro, uma sala reservada para reuniões e despachos do presidente, além de autonomia suficiente para fazer voos longos diretos nas viagens internacionais.
No rol de aeronaves compatíveis com as intenções da FAB estão o Airbus A330 ou o Boeing 767, aviões cuja autonomia varia de 7.200 km a 13.330 km, ou cerca de 16 horas de voo. Ambos os modelos são normalmente usados para voos comerciais entre continentes. De acordo com o jornal O Globo, porém, nenhum dos projetos foi apresentado ao Palácio do Planalto ou ao Ministério da Defesa.
Uma alternativa já descartada pela FAB seria adaptar uma das duas aeronaves Airbus A330-200 compradas no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para adaptação desse modelo, seria preciso instalar internet, suíte com chuveiro e uma sala reservada para reuniões e despachos do presidente.
Em nota, o Palácio do Planalto disse que ainda não há decisão sobre aquisição de um novo avião, tampouco pedidos ou exigências, mas acrescentou que caso haja definição de compra, o processo será público e conduzido pela FAB. Nos bastidores, a proposta de mudança é estudada pelo governo há pelo menos 90 dias.
O atual “Aerolula” é um Airbus A319, comprado pelo governo no primeiro mandato do petista. Com 18 anos de uso, o avião possui suíte presidencial e chuveiro, um espaço reservado com duas mesas e oito cadeiras e capacidade para 16 pessoas, mais a tripulação, um total de 39 passageiros.
