O sequestrador foi idenficado como
William Augusto da Silva e segundo o governador, os familiares pediram desculpa.
O governador Wilson Witzel anunciou que vai promover por bravura os atiradores de elite que participaram da ação que envolveu o sequestro de um ônibus durante a manhã desta segunda-feira, na Ponte Rio-Niterói.
Ao chegar de helicóptero, no local o governador comemorou, bateu continência aos policiais e foi conversar com os agentes. A ação contou com a Polícia Rodoviária Federal e agentes do Batalhão de Operações Especializadas (BOPE).
” Já tivemos um problema como esse no passado e esse é um caso que a polícia se aprimorou. Os policiais serão todos condecorados, inclusive, eu já determinei a promoção dos atiradores por bravura. Eram vários, para termos vários ângulos. Foi uma ação êxitosa, nossa PM é preparada para preservar vidas”
afirmou o governador.
Witzel afirmou que esteve em contato com familiares do sequestrador, identificado como William Augusto da Silva.
” Um familiar dele me pediu desculpa, disse que alguma coisa falhou na criação e nós vamos também cuidar da familia dele. Entenderemos esse problema, para que isso não ocorra de novo. O corpo já foi removido para perícia. Vamos fazer a coleta do material do local, para guardar nos registros e ser um estudo de caso” disse.
Mais cedo, pelas redes sociais, o governador se manifestou sobre o sequestro do ônibus e disse priorizar a proteção dos reféns.
“Estou acompanhando desde cedo, com atenção, o sequestro do ônibus na ponte Rio Niterói. Estou em contato direto com o comando da Polícia Militar, que trabalha para encerrar o caso da melhor maneira possível. A prioridade absoluta é a proteção dos reféns.”, afirma Witzel.
Em declaração dada à imprensa, o porta-voz da Polícia Militar, Mauro Fliess, confirmou que o sequestrador veio a óbito. Segundo a informação divulgada por Fliess, a arma que o homem utilizava era de brinquedo.
A Viação Galo Branco informou que soube do sequestro por outro motorista, que seguia atrás do ônibus onde estão os refens. Ele ligou para a empresa avisando que viu quando o homem armado rendeu o colega de profissão.
Ofensiva contra o crime
Nesta segunda-feira, após reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão, em Brasília, Witzel afirmou que a polícia irá continuar no combate ao crime organizado. Ele ressaltou que ‘quem mata é o crime organizado, não a polícia.
— O crime manda matar. De cada dez, sete o crime manda matar. Vamos continuar vivendo dessa forma? Quem mata é o crime organizado, não é a polícia — afirmou.
Witzel disse que o governo precisa trabalhar com a população das comunidades durante as operações policiais. Ele afirmou que o governo vai orientar as pessoas em como se comportar nessas situações.
— Se você tá com operação naquele local, não fica no ponto de ônibus. Nós vamos passar isso para a população, já devia ser natural, tem operação ali, não ficar no ponto de ônibus ouvindo tiro, tem que sair, nós vamos trabalhar mais isso com a população. A polícia vai nas comunidades, vamos orientar a comunidade como se comportar numa situação em que há a operação da polícia — disse Witzel. Na semana passada, o jovem Gabriel Alves, de 18 anos, morreu quando esperava por um ônibus para leva-lo à escola, na Tijuca, na Rua Conde de Bonfim, uma das mais movimentadas do bairro da Zona Norte.