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Rio Negro registra a quinta maior seca da história de Manaus

Com a cota do Rio Negro em 14,41 metros, Manaus registra a quinta maior seca da história, nesta segunda-feira (9). Na cidade, o nível das águas está a 1,41 metro da maior seca, registrada em 2010, quando o rio chegou a descer para 13,63 metros.

A capital é uma das 60 cidades do Amazonas afetadas pela seca severa deste ano. Apenas dois municípios do estado estão em normalidade: Presidente Figueiredo e Apuí.

Com a cota desta segunda-feira, a capital registra a quinta maior seca da capital desde 1902, ano em que começou o monitoramento do Rio Negro, no Porto de Manaus, onde uma régua mede o nível das águas diariamente.

Veja o ranking das secas na capital, conforme dados do Porto de Manaus:

  1. 13,63 (2010)
  2. 13,64 (1963)
  3. 14,2(1906)
  4. 14,34 (1997)
  5. 14,42 (1916)
  6. 14,54 (1926)
  7. 14,74 (1958)
  8. 14,75 (2005)
  9. 14,97 (1936)
  10. 15,03 (1998)
  11. 15,04 (1909)
  12. 15,06 (1995)
  13. 15,62 (1915)
  14. 15,69 (1948
  15. 15,74 (1950)
  16. 15,86 (2009)
  17. 15,92 (2015)
  18. 15,96 (1961 e 2012)

Em 2010, na mesma data, o rio media 15,82 metros, ou seja: estava 1,41 metro mais alto.

Uma comparação dos dados também mostra que o rio tem esvaziado mais rápido que em 2010. Neste ano, as águas chegaram a descer 36 centímetros num único dia – 19 de setembro.

Rio Negro vai continuar descendo


De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Rio Negro deve continuar descendo mais duas semanas. No entanto, o nível das águas na capital depende do ritmo do Rio Solimões.

O CPRM avalia que, se o Rio Solimões atingir uma seca recorde em Tabatinga, na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru, a vazante em Manaus poderá superar a marca de 2010.

“Se Tabatinga ultrapassar a mínima histórica essa semana, será quase certo”, destacou Jussara Cury, pesquisadora em geociências do CPRM.

Seca no Amazonas

Até o momento, 42 municípios do Amazonas estão em situação de emergência, 18 cidades de alerta, 0 em atenção e 2 em normalidade.

Segundo a Defesa Civil estadual, Presidente Figueiredo e Apuí são os únicos municípios que continuam sem problemas de acesso, por isso, não entram para a lista de atingidos pela estiagem.

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