
O presidente Lula viaja e se dedica excessivamente à agenda internacional na avaliação de mais da metade dos entrevistados da pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, divulgada nesta quarta-feira (25).
Para 55%, a quantidade de viagens feitas pelo petista desde o começo do governo, em janeiro, é “excessiva”. Já 37% consideram as idas de Lula para outros países como uma postura “adequada”. 8% não responderam.
Além disso, 49% disseram não ver os benefícios trazidos pelas agendas internacionais do presidente, enquanto 40% acreditam que as viagens de Lula têm bons resultados. 11% não responderam.
Um total de 60% avaliou uma dedicação além do necessário do presidente a pautas externas; 27% não compartilham dessa percepção e 13% não responderam.
A Quaest realizou 2.000 entrevistas presenciais nos dias 19 a 22 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança, 95%.
Gastos
Até agosto, o governo Lula (PT) torrou cerca de R$775 milhões em despesas em viagens, considerando os gastos com diárias e passagens aéreas. Tudo isso durante os oito primeiros meses de governo, em 2023
Lula viajou para 19 países em oito meses deste ano. O número iguala o recorde também registrado pelo petista no primeiro ano de seu segundo mandato, em 2007. Ele tem 56 dias fora do Brasil. São quase 2 meses dos 10 de mandato.
Assim como naquela época, a quantidade de viagens feitas por Lula virou alvo de críticas tanto de integrantes da oposição quanto de dentro do governo. A oposição já entrou com uma representação no Tribunal de Constas da União sobre os gastos – algumas diárias em hotéis foram de R$ 90 mil.
A média dos gastos de Lula é de R$ 1,1 milhão por mês. Para se ter uma ideia, Bolsonaro gastou em média R$ 1 milhão por mês, durante todo o período em que esteve no Planalto, enquanto Temer gastou R$ 584 mil, na média mensal, e Dilma R$ 905 mil.
Entre os presidentes que mais viajaram nos primeiros oito meses de seus primeiros anos de mandato estão Dilma Rousseff (PT), que presidiu o Brasil entre 2011 e 2016, e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que comandou o país entre 1995 e 2002. Nenhum dos dois, no entanto, atingiu as marcas de Lula.


