Dados coletados pela prefeitura, a capital está em médio risco para doenças causadas pelo Aedes e nove bairros têm alta vulnerabilidade.

O 2º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), do ano de 2023, realizado no período de 6 a 22 de novembro, apontou um índice de infestação predial de 1,5%, mantendo o município em médio risco para as doenças transmitidas pelo mosquito.
- Redenção,
- Alvorada,
- Lírio do Vale,
- Compensa,
- Cidade Nova,
- Novo Israel,
- Jorge Teixeira,
- Morro da Liberdade,
- Aleixo,
O LIRAa foi executado em 26.506 imóveis selecionados por amostragem nos 63 bairros de Manaus, envolvendo 295 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que realizaram visitas domiciliares buscando identificar e coletar larvas do mosquito, bem como eliminar e tratar os potenciais criadouros.
Com a análise dos dados, é possível identificar o nível de infestação no município, que pode ser baixo (menor que 1,0), médio (compreende valores entre 1,0 e 3,9) ou alto (4,0 ou maior).
A gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores (Gevam/Semsa), Alinne Antolini, explica que o LIRAa também realiza o levantamento do Índice Breteau (IB), que indica o percentual de depósitos com focos de mosquitos, e que apresentou um índice de 2,1%.
Na avaliação, foi identificado que os depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, em Manaus, são os do tipo B, que são os depósitos móveis, como vasos, frascos com água, pratos, pingadeiras e bebedouros, representando 30,3% dos depósitos predominantes.
“Isso mostra a necessidade de uma participação mais efetiva da população nas ações de controle do Aedes, especialmente na eliminação de criadouros, uma vez que esse tipo de recipiente é encontrado, principalmente, nas residências”, alerta Alinne Antolini.
Já os depósitos de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, barris e tinas, representaram 29,9% dos depósitos identificados no LIRAa.
Os recipientes do tipo lixo, garrafas, latas e ferro velho são 25,4% dos depósitos encontrados.
Mapa de Vulnerabilidade
Para obter um diagnóstico completo, a Semsa agregou os resultados do LIRAa (índice de infestação, índice de breteau e depósitos predominantes) às informações sobre a ocorrência de casos notificados de zika, chikungunya e dengue, definindo um Mapa de Vulnerabilidade com as áreas prioritárias para a intensificação das ações de controle do mosquito em Manaus.
Os bairros de baixa vulnerabilidade são:
- Santo Antônio,
- Dom Pedro,
- Vila da Prata
- São Raimundo;
- Parque 10 de Novembro,
- Nossa Senhora de Aparecida,
- Centro,
- Chapada,
- Adrianópolis
- São Geraldo;
- Colônia Antônio Aleixo
- Mauazinho,
- Flores,
- Vila Buriti,
- Betânia,
- Cachoeirinha,
- Educandos,
- Crespo,
- Lago Azul
Os bairros de média vulnerabilidade são:
- Tarumã-Açu,
- Tarumã,
- Planalto,
- bairro da Paz,
- Nova Esperança,
- Santo Agostinho,
- São Jorge,
- Ponta Negra e Glória,
- Santa Etelvina,
- Colônia Terra Nova,
- Monte das Oliveiras,
- Cidade de Deus,
- Novo Aleixo,
- Nova Cidade
- Colônia Santo Antônio;
- Armando Mendes,
- Distrito Industrial 2,
- Zumbi,
- Puraquequara,
- São José, Coroado,
- Tancredo Neves Gilberto Mestrinho;
- Distrito Industrial 1,
- Presidente Vargas,
- Petrópolis,
- Raiz,
- Nossa Senhora das Graças,
- São Francisco,
- Praça 14,
- Santa Luzia,
- Colônia Oliveira Machado,
- São Lázaro
- Japiim
Casos
Dados do Sinan On-line, do Ministério da Saúde, mostram que, de janeiro a 24 de novembro deste ano, Manaus registrou 2.490 casos notificados de dengue, o que representa um aumento de 25%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Já em relação aos casos confirmados, Manaus registrou, este ano, 549 casos, em uma redução de 50,1%, em relação ao mesmo período de 2022.
Além de casos de dengue, Manaus registrou este ano 58 casos notificados de zika, em uma redução de 49,6%, em comparação ao ano passado.
Foram confirmados 23 casos de zika, com baixa de 60,3% frente aos casos confirmados em 2022. O município registrou, ainda, 143 casos notificados de chikungunya, com aumento de 6,7% em relação ao ano passado. Em relação aos casos confirmados, o município apresentou 38 casos, diminuindo em 11,6%.