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Empresa descarta risco de vazamento em navio petroleiro encalhado no meio do Rio Amazonas

O navio petroleiro Minerva Rita, encalhado no meio do Rio Amazonas, desde a última segunda-feira (4), na região conhecida como “Pedral do Guajará”, no município de Itacoatiara, no Amazonas -45 km de Manaus – não corre risco de vazamento após inspeção realizada. A embarcação não conseguiu seguir viagem até o destino devido ao trecho seco além do normal por causa da estiagem deste ano.

A Marinha do Brasil informou que não há registro de desaparecidos ou feridos nem indícios de poluição hídrica no local. Ainda segundo a Marinha, um inquérito será instaurado para apurar as causas do tombamento.

“Assim que concluído, e cumpridas as formalidades legais, o inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação”, afirmou a corporação em nota.

Por causa da seca, o local é um dos pontos críticos para a passagem de grandes navios. O local vem recebendo o serviço de dragagem, o que já possibilitou o tráfego de algumas embarcações.

O petroleiro, transporta uma carga de 8.449 m3 de gasolina e 18 mil m3 de nafta – produto derivado do petróleo e usado para a fabricação de combustível – com destino a Refinaria da Amazônia (Ream), que informou que não há risco de vazamento.

De acordo com o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, ao g1, a empresa foi notificada para apresentar as licenças ambientais do navio.

“O Ibama se antecipa a qualquer possibilidade de desastre ambiental e já intervém junto à empresa, para que tome as providências para evitar qualquer tipo de dano ambiental na área”, afirmou o superintendente.

Medidas preventivas

A companhia disse que acionou os órgãos ambientais e a Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Embora a Ream não tenha qualquer gestão náutica do navio – que, ressalte-se, cabe aos armadores e/ou afretadores da embarcação, e tampouco tenha controle direto sobre a sua operação, logo que tomou conhecimento do incidente, a companhia adotou todas as providências para oferecer o suporte necessário ao navio e prevenir a ocorrência de qualquer evento de poluição ambiental”, informou a Ream em nota – leia abaixo, na íntegra.

Ainda segundo a empresa, o navio recebeu material de contenção de óleo. “Incluindo balsas de apoio, defensas, mantas absorventes e barreiras de contenção, além de empurradores, balsas, mangotes e demais equipamentos necessários para viabilizar o transbordo dos produtos do navio para outras embarcações, de forma parcial ou total, a fim de evitar qualquer risco de contaminação”, escreveu a refinaria.

Uma equipe de mergulho contratada pela refinaria fez vistoria na área e constatou dano em parte do casco externo da embarcação. De acordo com a Ream, a embarcação possui um outro casco interno que está “íntegro”.

“A companhia aguarda a apresentação do plano de contingência por parte do armador, devidamente aprovado pela autoridade marítima e demais órgãos, permanecendo no local do incidente de forma preventiva, com equipes e equipamentos de prontidão”, finalizou a empresa.

Após a incidente o navio foi fundeado e a tripulação manteve a sua estabilidade, sem que fosse identificado o registro de poluição na água e acidente pessoal.

Leia a nota na íntegra

A Refinaria da Amazônia (REAM) comunica que, na tarde de segunda-feira, 4 de dezembro, foi informada, através da equipe de Praticagem e Armador, sobre um incidente envolvendo o Navio M/V Minerva Rita (Navio) contratado pela Companhia para o transporte de gasolina e nafta.

Segundo as informações inicialmente reportadas pelos Armadores, o navio teria colidido possivelmente com pedras no Canal do Guajará durante sua rota de Manaus para Itacoatiara por volta das 09h30min daquele dia.

Imediatamente após a ocorrência, o navio foi fundeado e, de forma imediata, a tripulação do navio adotou as medidas necessárias para manter a sua estabilidade, sendo assinalado, que não houve registro de poluição hídrica e nem de acidente pessoal.

Embora a REAM não tenha qualquer gestão náutica do navio – que, ressalte-se, cabe aos Armadores e/ou Afretadores da embarcação, e tampouco tenha controle direto sobre a sua operação, logo que tomou conhecimento do incidente, a Companhia adotou todas as providências para oferecer o suporte necessário ao navio e prevenir a ocorrência de qualquer evento de poluição ambiental.

Tendo, ainda, comunicado o incidente às autoridades ambientais e marítimas, assim como à Agência Nacional de Petróleo – ANP.

Adicionalmente, não obstante terem os Armadores do Navio indicado não haver qualquer risco de vazamento de combustível (carga ou consumo), a REAM, de maneira preventiva e proativa, mobilizou (i) material de prevenção e contenção de óleo (incluindo balsas de apoio, defensas, mantas absorventes e barreiras de contenção), além de (ii) empurradores, balsas, mangotes e demais equipamentos necessários para viabilizar o transbordo dos produtos do navio para outras embarcações, de forma parcial ou total, a fim de evitar qualquer risco de contaminação.

Neste contexto, houve por parte da Agência Marítima a contratação de equipe de mergulho para vistoriar a área possivelmente avariada do Navio. Constatou-se dano apenas em parte do casco externo da embarcação que, frise-se, possui casco duplo, estando o casco interno íntegro.

No dia seguinte ao incidente, a Companhia participou de uma reunião virtual com representantes da Marinha, Ibama e ANP esclarecendo as ações adotadas para evitar dano ambiental, tendo, no mesmo dia, acompanhado representantes do IPAAM e ANP até o local do incidente onde foi constatado que não havia poluição hídrica.

Na data de hoje, 06 de dezembro, a REAM acompanhou representantes do Ibama em uma nova avaliação onde, novamente, foi constato não haver poluição hídrica.

A Companhia aguarda a apresentação do plano de contingência por parte do Armador, devidamente aprovado pela autoridade marítima e demais órgãos, permanecendo no local do incidente de forma preventiva, com equipes e equipamentos de prontidão”.

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