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Suspeito de manipulação de resultados, Iranduba é absolvido

Condenado previamente pela FAF desde fevereiro deste ano, em ato que o rebaixou no Barezão e o tirou do Brasileiro Feminino, clube e todos os 26 citados foram absolvidos pelo STJD.

Vitória incontestável do Iranduba sobre a FAF. Nesta quinta-feira (7), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) absolveu, por unanimidade de votos, o Esporte Clube Iranduba da Amazônia da suspeita de manipulação de resultados.

O Hulk, que havia sido suspenso preventivamente e excluído do Barezão pela Federação Amazonense de Futebol, agora está oficialmente livre para retornar aos gramados.

Em conversa ao A Crítica após o resultado, o advogado do Iranduba, Dr. César Augusto, falou sobre esta importante vitória nos tribunais.

Vale lembrar que além do rebaixamento automático no Barezão, o clube ficou de fora do Campeonato Brasileiro Feminino – Série A3, deixando de participar de uma competição nacional pela primeira vez desde sua fundação.

Punição esportiva e investigação

No dia 27 de fevereiro, em coletiva de imprensa realizada no prédio da FAF, o presidente da entidade, Ednailson Rozenha, apresentou um relatório da Sportradar. No relatório de cinco páginas, o documento afirmava que o jogo Iranduba 0x7 Amazonas, pela 5ª rodada do Barezão 2023, tinha ‘fortes indícios de manipulação de resultados’.

Com base no documento, Rozenha rebaixou o Iranduba e condenou o clube a pagar uma multa de R$ 100 mil. No dia seguinte (28), o presidente da FAF levou o relatório da Sportradar à Delegacia Geral de Polícia Civil. Já no dia 6 de março, foi a vez da Polícia Federal receber o relatório.

Enquanto isso, o caso foi julgado na esfera esportiva no dia 13 de março, com o Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM) condenando o clube, técnico, diretor de futebol, presidente e 23 atletas da equipe alviverde.

Dois dias depois do resultado (15), Rozenha pediu apoio do Ministério Público Estadual (MP-AM) nas investigações. Na segunda instância, nova derrota do Iranduba no TJD-AM, que manteve as punições dadas anteriormente: 2 anos de suspensão e multa de R$100 mil.

No dia 14 de maio, a chamada ‘Operação Handicap’ – investigação realizada pelo MP-AM por intermédio do GAECO – chegou a prender preventivamente o zagueiro Léo Rito e o empresário Severino Júnior, da empresa M7 Sports, que trouxe alguns dos atletas para o Iranduba.

Os mandados de prisão foram por conta de suspeita de lavagem de dinheiro e manipulação de resultados. A ‘Operação Handicap’ rastreou mais de 7 milhões de reais (R$ 7.230.274,00).

Falta de provas

No dia 6 de julho, na última instância da esfera esportiva, o Iranduba foi absolvido pelo STJD. Primeiramente, foi anulado o ato administrativo da FAF, que suspendeu preventivamente o clube de todas as competições.

Consequentemente, a decisão do TJD-AM a respeito do Hulk também foi anulada, restando apenas as punições dos 26 citados (jogadores, técnico, diretor de futebol e presidente).

No caso dos 26 acusados, o STJD deu um prazo de 30 dias a mais para a FAF, para que a entidade apresentasse provas  que poderiam vir do Ministério Público. No entanto, nesta quinta-feira, nada foi apresentado e, por falta de provas, todos os 26 envolvidos foram absolvidos e podem voltar a atuar normalmente em competições da FAF.

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