
Comitê Olímpico do Brasil (COB) projeta que as mulheres serão peças-chave para superar o desempenho histórico alcançado nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, nas próximas edições em Paris. A delegação brasileira conquistou 21 medalhas em Tóquio, sendo as mulheres responsáveis por nove delas. A meta do COB é superar esse resultado na França.
“A maior parte das medalhas deve vir do segmento feminino”, destaca Marco Antonio La Porta, vice-presidente do COB. O Brasil obteve sua melhor participação olímpica em Tóquio, ficando em 12º lugar entre 206 países.
Entre as atletas destacadas estão a skatista Rayssa Leal, a ginasta Rebeca Andrade e a nadadora Ana Marcela Cunha. Rebeca Andrade, por exemplo, fez história em Tóquio ao conquistar duas medalhas, a prata no individual geral e o ouro no salto, sendo a primeira brasileira a realizar tal feito.
Outras atletas como Mayra Aguiar (judô), Beatriz Ferreira (boxe) e Ana Patrícia/Duda (vôlei de praia) também são vistas como potenciais protagonistas em Paris. O COB destaca o crescente investimento e prioridade ao segmento feminino, acreditando que o Brasil pode alcançar resultados ainda mais expressivos.
A próxima edição das Olimpíadas, marcada para 2024, terá uma marca inédita de equidade de gênero, com a mesma quantidade de competidores homens e mulheres, totalizando 5.250 de cada sexo. Além disso, a premiação para atletas não fará distinção entre homens e mulheres, garantindo isonomia nos valores pagos.
O COB destinará R$ 350 mil pela medalha de ouro, R$ 210 mil pela de prata e R$ 140 mil pela de bronze para atletas individuais. Já para equipes, os valores serão duplicados e triplicados, dependendo do número de integrantes. O COB acredita que a representatividade feminina no esporte é crucial, não apenas nos resultados, mas também para incentivar mais meninas a ingressarem no esporte.
“A mulher dá conta de ser mãe, treinadora, esposa e o que mais ela quiser ser”, destaca Camila Ferezin, eleita a melhor treinadora individual no Prêmio Brasil Olímpico, responsável pelo avanço da ginástica rítmica no Brasil. O COB espera contar com uma delegação em Paris com mais mulheres do que homens, marcando mais um passo na promoção da igualdade de gênero no esporte brasileiro.


