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Modelo de Boeing 737 Max 9 é suspenso no Brasil

Avião faz pouso de emergência depois de porta se abrir durante voo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou neste domingo que o uso da aeronave Boeing 737 Max 9 está suspenso no país. O órgão do governo federal afirmou que o veto imediato foi decretado por autoridades dos Estados Unidos e também se aplica no Brasil. A decisão foi tomada um dia depois de uma aeronave recém-fabricada do tipo, operada pela Alaska Airways, perder parte da fuselagem pouco depois de decolar.

Apenas a companhia Copa Airlines opera o modelo em voos internacionais no Brasil, informou a Anac, com chegada e partida no aeroporto de Guarulhos. Em nota, a agência disse que a empresa aérea suspendeu as atividades com a aeronave “para revisão técnica necessária” até que haja liberação para retorno ao serviço.

A decisão é um novo revés para a Boeing, gigante americana da indústria de aviação que tem enfrentado defeitos de fabricação e reparos caros nos últimos anos.

O impedimento do modelo de voar marca a resposta mais severa a um incidente desde que toda a frota de aeronaves Max da Boeing foi temporariamente retirada de serviço em 2019, após dois acidentes fatais.

O 737 Max é de longe o modelo mais popular da Boeing e sua maior fonte de receitas atualmente. O modelo de corredor único como o Max e o seu correspondente SE A320, da rival Airbus, é o mais usado pelas companhias em rotas aéreas curtas.

A iniciativa afeta cerca de 171 aviões, segundo comunicado da FAA. A Alaska, segunda maior operadora mundial do modelo, com 65 aeronaves, já suspendeu a frota dos 737 Max 9 depois do incidente de sexta-feira, após a decolagem de Portland, no estado de Oregon. Principal operadora da aeronave, com 78 unidades, a United Airlines também retirou alguns dos jatos de serviço para inspeções.

Porta aberta

O voo 1282 transportava 171 passageiros e seis tripulantes de Portland, no estado de Oregon, para Ontário, na Califórnia, nesta sexta-feira, quando cerca de 20 minutos de viagem, a tripulação relatou um problema de pressurização. Parte da fuselagem (estrutura que abriga a cabine de passageiros) no meio da aeronave explodiu, abrindo um buraco semelhante à abertura de uma porta, tudo a uma altitude de cerca de 16.000 pés (ou 4,8 mil metros).

O piloto precisou fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Portland.

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