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EUA e Reino Unido atacam rebeldes houthis no Iêmen

EUA contam com mais de 20 países em missão para combater Houthis

Os EUA e o Reino Unido lançaram nesta quinta-feira (11) um ataque contra rebeldes houthis no Iêmen. Foram relatados ataques na capital, Sanaa, e na cidade de Al Hodaydah, reduto portuário dos houthis no Mar Vermelho. Os alvos incluem centros logísticos, sistemas de defesa aérea e depósitos de armas.

O ataque ocorre após meses de agressões dos houthis contra navios de bandeira internacional que utilizam a rota do Mar Vermelho.

Em um comunicado, o presidente americano Joe Biden disse que os ataques “são uma resposta direta aos ataques houthis sem precedentes contra navios internacionais no Mar Vermelho – incluindo a utilização de mísseis antinavio pela primeira vez na história.”

Os houthis apoiam o Hamas no conflito contra Israel iniciado em 7 de outubro e avisaram que atacariam todos os navios com destino ao território israelense que passassem por sua costa.

Os houthis, que desde 2015 lutam pelo controle total do Iêmen, já lançaram vários mísseis e drones contra navios de carga.

Após os ataques de quinta, autoridades houthis alertaram que os EUA e o Reino Unido “pagarão um preço alto” por esta “agressão flagrante”.

Desde que os ataques dos houthis contra navios de bandeira internacional começaram, algumas das maiores companhias marítimas do mundo, como a dinamarquesa Maersk e a gigante petrolífera BP, suspenderam os transportes marítimos através do Mar Vermelho.

A rota é uma das mais importantes do mundo para o transporte de petróleo e gás natural liquefeito, bem como de bens de consumo.

Uma análise da empresa de consultoria S&P Global Market Intelligence concluiu que quase 15% dos produtos importados para a Europa, Oriente Médio e norte de África são enviados da Ásia e do Golfo através do Mar Vermelho. Isso inclui 21,5% de petróleo refinado e mais de 13% de petróleo bruto.

Os houthis têm como alvo os navios que viajam através do Estreito de Mandeb, também conhecido como Portão das Lágrimas, que é um canal de 32 quilômetros de largura conhecido por ser perigoso de navegar.

O preço para transportar um contêiner do Leste da Ásia para o norte da Europa aumentou 199% nas últimas semanas, de acordo com dados da Freightos, uma empresa de frotas internacionais e análise de mercado.

Embora a rota marítima Xangai-Roterdã tenha sido uma das mais afetadas, as rotas que unem Xangai a Gênova, Los Angeles e Nova York também foram impactadas.

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