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A perita em audiovisual Jacqueline Tirotti divulgou neste sábado (20) – assista no fim da matéria – a perícia dos vídeos que mostram o o que seria o padre Júlio Lancellotti em uma situação comprometedora com um adolescente de 16 anos. As cenas, gravadas em fevereiro de 2019, tiveram sua autenticidade confirmada pela perícia.
Ela afirma que seu escritório foi contratado pelo vereador Rubens Nunes para apurar o vídeo do padre. As imagens foram gravados pelo adolescente, à época das conversas com Lancellotti. A cena inicial dos vídeos mostra a tela de um celular, com trocas de mensagens no aplicativo WhatsApp. Posteriormente, inicia-se uma videochamada em que a câmera oscila entre as partes íntimas e o rosto do religioso.
O relatório final, que possui 79 páginas, descreve minuciosamente o estado de conservação dos arquivos, analisa cada quadro dos vídeos, realiza exames prosopográficos para identificar características faciais e ambientais, inspeciona os áudios e, por fim, atesta a integridade do material.
No decorrer de suas apurações, a perita Jacqueline Tirotti examinou meticulosamente os vídeos em questão, analisando cada aspecto de sua produção. Ela verificou a qualidade das imagens, a nitidez dos quadros, a estabilidade da câmera, bem como a autenticidade dos arquivos.
Um dos pontos abordados pela perita foi o estado de conservação dos arquivos de vídeo. Ela avaliou se havia indícios de manipulação ou edição, levando em consideração possíveis falhas técnicas que pudessem levantar suspeitas sobre a veracidade das cenas.
Outro ponto de análise foi a observação minuciosa de cada frame dos vídeos. Jacqueline examinou cuidadosamente os detalhes das imagens, verificando a presença de elementos que pudessem denotar alguma irregularidade na produção ou na autenticidade do material.
Após concluir sua análise, Jacqueline Tirotti contestou a perícia realizada pelo professor Mário Gazziro a pedido da Revista Fórum e do jornal O Estado de S. Paulo, que afirmou que o vídeo acusando o padre Júlio Lancellotti de pedofilia era falso.
Jacqueline realizou a perícia com o também perito Reginaldo Tirotti. O laudo foi divulgado pela Revista Oeste.
Em 2020, o padre chegou a ser denunciado após as imagens circularem pela internet, mas o Ministério Público arquivou o processo alegando “falta de materialidade”.
Nas imagens encaminhadas à perícia, aparecem trocas de mensagens entre Lancellotti e o jovem menor de idade. Os dois falam sobre a instabilidade da ligação, feita pelo aplicativo WhatsApp. Há ainda conversas com teor sexual, como ereção e questionamentos sobre o coito.
A Arquidiocese de São Paulo emitiu nota sobre o assunto. Confira abaixo:
“Até o momento, a Arquidiocese de São Paulo não recebeu as informações solicitadas à presidência da Câmara Municipal, por meio de ofício enviado há mais de 10 dias, sobre a suposta denúncia contra o Padre Júlio Lancellotti para que, tendo conhecimento do teor da mesma, possa ser cumprido o que estabelece a norma da Igreja para os casos de denúncias contra sacerdotes católicos.”
