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Três garimpeiros mortos e três feridos a flechadas na região dos Yanomamis em Roraima

Um dos sobreviventes da chacina levou uma flechada em um dos braços. Reprodução Internet

Índios Yanomamis teriam invadido um acampamento de garimpeiros na região de Iracema, no estado de Roraima, e, armados com flechas e armas de fogo, mataram três deles, na tarde da última quinta-feira (8). Outros três mineradores teriam sobrevivido ao ataque, um deles atingido por uma flecha em um dos braços.

Familiares dos garimpeiros mortos no lugar conhecido como Parima registraram, na segunda-feira (12), Boletim de Ocorrência (B.O), no 4° Distrito Policial da Polícia Civil de Roraima e pediram que os corpos sejam resgatados.

De acordo com os familiares, as vítimas Elizangela Pessoa da Silva, de 43 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 e Josafá Vaniz da Silva, de 52, teriam sido mortas por Yanomamis – única etnia indígena naquela área.

“Nós queremos os corpos para dar um enterro digno para eles, pois merecem. Eles não são bichos para ficarem lá abandonados. Garimpeiro não é bandido, eles estavam lá trabalhando. Não temos condições de ir buscar por isso, estamos pedindo que as autoridades nos ajudem, pois os corpos já estão em avançado estado de decomposição. O que fizeram é desumano”, disse Carla Cardoso de Brito, de 34 anos, irmã de Luiz, ao jornal Folha BV, de Boa Vista.

Os familiares foram avisados do crime pelos sobreviventes que fugiram do local e quando tiveram acesso a internet mandaram mensagens informando sobre o ocorrido.

“Eles (índios) vieram para nos matar, vieram para matar todo mundo. Foram cerca de 15 tiros. Nós não trouxemos nada, estamos apenas com a roupa de trabalhar e a vida. Estávamos dentro do buraco, quando ouvimos os tiros vindo do barraco e começamos a correr, chegamos a ver a cozinheira (Elizangela) correr e ser baleada na coluna, os outros dois foram baleados nas costas”, diz um dos áudios enviados as famílias.

Leandro filho de Elizangela, Francisco irmão de Luiz, Elissandra filha de Elizangela e Gideane irmã de Josafá (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

“Não tem sentimento pior do que você perder um familiar e não conseguir buscar o corpo e enterrar. Nós estamos sofrendo e angustiados. Precisamos que o Estado nos ajude a trazer eles de volta para casa”, finalizou, Carla Cardoso.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Roraima esclareceu que o Boletim de Ocorrência relatando o caso foi registrado por familiares das vítimas no início da tarde da última segunda-feira (12) e que vai formar uma força-tarefa para o resgate, inclusive com a participação do Exército e do Corpo de Bombeiros.

“A Polícia Civil está mobilizando uma força-tarefa para alcançar a região remota e de difícil acesso onde ocorreu o incidente. Devido à localização em uma área de mata distante, existem desafios logísticos, mas a Polícia Civil está comprometida em envidar todos os esforços necessários para resgatar os corpos das vítimas”, disse a nota.

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