Após sete meses de investigação e manter sob sigilo o vídeo com imagens do bate-boca de Alexandre de Moraes com uma família brasileira no Aeroporto de Roma, a Polícia Federal concluiu o inquérito que investigou o incidente e não indiciou ninguém por falta de provas.
A PF enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (15), o relatório final do inquérito que apura as supostas agressões a Moraes.
Apesar da conclusão, o delegado disse que não indiciou o empresário porque há uma instrução normativa que veda o indiciamento por crime de menor potencial ofensivo. As investigações foram encerradas.
A confusão aconteceu em julho do ano passado, no Aeroporto de Roma. Segundo o delegado, as imagens mostram que Mantovani se dirigiu “de modo incisivo” a Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro, e o “atinge no rosto com a mão direita, causando o deslocamento dos óculos do atingido”.
“Observa-se também que, logo após tal contato físico, Alexandre Barci de Moraes revida, empurrando Roberto Mantovani Filho com o braço esquerdo. Em seguida, um homem se coloca entre ambos, apartando o conflito, e Alexandre Barci de Moraes é conduzido para dentro da sala VIP por sua irmã”, acrescenta.
Moraes acionou a PF após a hostilidade contra ele e sua família na Itália. A polícia instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da abordagem e também de uma possível agressão ao filho do ministro.
A polícia investigava, além de Mantovani e de sua esposa, Andreia Munarão, o genro do empresário, Alex Zanata Bignotto, e seu filho, Giovanni Mantovani.
Na ocasião, o ministro do Supremo e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) relatou ter sido chamado de “bandido, comunista e comprado”, segundo informações colhidas pelos investigadores.
Os defensores dos envolvidos no episódio disseram que não partiu deles a hostilidade contra o magistrado.