Dos 24 parlamentares, só 8 abriram mão de usar recurso controverso: valor de julho é próximo ao de junho, quando Casa funcionava normalmente
Em julho, quando tradicionalmente a Câmara Legislativa (CLDF) está em recesso, os deputados distritais mantiveram gastos consideráveis com a verba indenizatória, recurso previsto para auxiliar em atividades parlamentares.
Demonstrativo consolidado publicado nessa quinta-feira (12) no Diário da CLDF revela que os integrantes da Casa gastaram R$ 116.760,79 – entre aluguel de carros e imóveis, combustíveis, contratação de consultorias e divulgação do mandato.
Embora as atividades do legislativo local estivessem suspensas durante praticamente todo o mês de julho, o valor destinado aos custeios dos distritais foi pouco menor se comparado com o período anterior, quando a casa destinou R$ 120.381,67 – diferença de R$ 3.620,88 com junho, quando a Câmara Legislativa estava em pleno funcionamento.
De todos os deputados, Chico Vigilante (PT) foi o parlamentar que mais recorreu à verba no período de descanso: o distrital gastou R$ 11.954,04, sendo que R$ 5.336,11 foram para aluguel de escritório parlamentar e outros R$ 6 mil para contratação de consultoria especializada.
Na sequência, o vice-presidente da Casa, Rodrigo Delmasso (Republicanos) apresentou R$ 11.740,00 para efeitos de ressarcimento. O valor corresponde à contratação de consultoria jurídica (R$ 6 mil) e divulgação de atividade parlamentar (R$ 5.740,).
Titular da Segunda Secretaria da CLDF, Robério Negreiros (PSD) é o terceiro da lista e contabilizou, dentre outras despesas, R$ 10.771,98, sendo que R$ 5,5 mil com aluguel de carro e outros R$ 3.604,15 aplicados na locação de escritório politico (veja quadro abaixo).
Na contramão dos colegas, dos 24 deputados, 8 integrantes da Câmara Legislativa decidiram não usar os cerca de R$ 15 mil disponíveis para cada gabinete parlamentar: Agaciel Maia (PL), Cláudio Abrantes (PDT), Eduardo Pedrosa (PTC), Jaqueline Silva (PTB|), Julia Lucy (Novo), Leandro Grass (PDT), Reginaldo Veras (PDT) e Valdelino Barcelos (Progressistas) não recorreram a um real sequer da cota. O número representa um terço do total dos mandatários do Legislativo local.