Servidores da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) realizam nesta quarta-feira (28), às 9h, manifestação em frente à sede do órgão, na zona oeste de Manaus, para defender a reestruturação da fundação e a gratificação de desempenho.
A mobilização é Sindsep-AM (Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas). A escolha do dia 28 é estratégica, pois coincide com a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente das entidades sindicais e representantes do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Em pauta, o reajuste salarial da categoria.
A Funasa foi extinta no início de 2023 e recriada logo depois por pressão dos servidores e de parlamentares no Congresso Nacional, mas ainda não retomou as atividades.
O secretário-geral do Sindsep-AM, Walter Matos, disse que há possibilidade de os servidores terem os salários reduzidos. É que os funcionários foram vinculados ao Ministério da Saúde.
“Estamos elaborando um requerimento para encaminhar ao presidente da Funasa, porque os servidores do órgão correm risco de perder a gratificação de desempenho. Se você sai de um órgão para o outro, você perde sua gratificação de desempenho. Por isso é urgente que todas as servidoras e servidores preencham esse documento para mandar para o presidente da Funasa”, disse Walter Matos.
Conforme o sindicalista, a proposta do governo é de não pagar o reajuste em 2024 e repassar 9% em duas parcelas, em 2025 e 2026. A mesma proposta inclui aumentar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1mil; a contrapartida dos planos de saúde de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90.
As entidades apresentaram uma contraproposta unificada. Uma é dividir o reajuste em dois blocos: o primeiro receberia um aumento de 34,32% em três parcelas a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. O segundo, de 22,71%, seria pago em três parcelas em 2024, 2025 e 2026.
O primeiro bloco se refere aos servidores federais que, em 2015, fizeram acordos para receber reajuste por dois anos (2016 e 2017). O bloco dois é referente aos servidores federais que, em 2015, fecharam acordos para receber reajustes entre 2016 e 2019, o que fez com que tivessem um repasse maior e uma menor defasagem.