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Apenas 15,24% do público-alvo em Manaus se imunizou contra dengue

Dados da 15ª edição do Informe Epidemiológico das Arboviroses divulgados nessa segunda-feira (15), pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), mostram que a vacinação na capital amazonense atingiu apenas 15,24% do público-alvo, ainda bem abaixo da meta de 90%.

Ao todo, 24.789 doses de Qdenga foram aplicadas em Manaus, que tem uma população estimada de 162.708 jovens aptos a receber o imunizante. A estratégia de prevenção e controle das arboviroses no município, é imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos contra a dengue.

O imunizante é ofertado em mais de 70 pontos de imunização da secretaria, distribuídos em todas as zonas distritais de saúde da área urbana da capital – inclusive aos sábados, das 8h às 12h, em oito unidades da rede básica municipal.

A lista completa de estabelecimentos que ofertam a aplicação de doses, com endereços e horários de funcionamento, pode ser consultada pelo link https://bit.ly/salasvacinaqdenga.

Conforme orientação do Ministério da Saúde, após receber a dose, a criança ou adolescente deve permanecer de 15 a 30 minutos no posto de saúde, para observação. “O imunizante deve ser aplicado de forma isolada, com intervalo de 30 dias para a aplicação de outras vacinas atenuadas, que são as da Febre Amarela, Varicela e Tríplice Viral, e de 24 horas para as demais do calendário básico”, explica Shádia.

Prevenção e controle

As estratégias da Semsa para enfrentamento das arboviroses incluem também medidas de prevenção e controle realizadas ao longo de todo o ano, de forma permanente. Entre elas estão o manejo ambiental e as inspeções dos agentes de vigilância nas residências.

A secretária Shádia enfatiza que, como ocorre todos os anos, a Semsa já vem intensificando essas ações no período das chuvas, que é mais propício às infestações de vetores como o Aedes aegypti, transmissor da dengue. “Mas, para que esse trabalho tenha resultados efetivos, é essencial que a população contribua, vistoriando as casas e quintais, pois três em cada quatro criadouros de mosquitos estão nesses locais”.

A gestora orienta os moradores a realizar, pelo menos uma vez por semana, as medidas preventivas enumeradas no Checklist 10 Minutos contra a Dengue. A inspeção visa eliminar eventuais locais com água parada, que podem servir para a reprodução dos insetos.

“Limpe bem as calhas e ralos, tampe as caixas d’água, guarde os pneus em local coberto, recolha os entulhos nos quintais. Fazendo isso, você afasta o Aedes e a dengue da sua família e da comunidade”, cita.

Outras medidas no checklist são encher de areia os pratos de vasos de plantas, acondicionar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo e amarrar bem sacos de lixo.

Números

A capital amazonense registrou 179 casos suspeitos e 18 confirmados de dengue, na última semana. Neste ano, o município registra um total de 1.905 casos da doença, confirmados entre 7.924 casos suspeitos, dos quais 632 seguem em investigação. Permanece o registro de um óbito em decorrência da arbovirose, e outro está sendo investigado.

A publicação reúne informações da Semana Epidemiológica 15, abrangendo o período de 7 a 13 de abril.

Não houve registro de novos casos suspeitos ou confirmados de zika, que acumula 20 casos confirmados e 62 notificados desde o início do ano; entre estes últimos, dois permanecem sendo investigados. Não há óbitos confirmados ou suspeitos da doença.

Um caso suspeito de chikungunya foi notificado na última semana, sem registro de novos casos. Segue em quatro o total de casos confirmados da doença no ano de 2024, dentre 70 casos notificados, dos quais 16 continuam em investigação. Não constam do informe óbitos suspeitos ou confirmados da arbovirose.

A publicação indica oito novos casos de oropouche, somando 858 casos da doença na capital, neste ano, confirmados por critério laboratorial. Mantém-se em um o total de óbitos pela doença, também confirmado por critério laboratorial. Não há casos ou óbitos em investigação.

Nesta edição, o informe volta a apresentar dados de mayaro, após a confirmação dos primeiros dois casos da arbovirose no município em 2024, por critério laboratorial. Não há óbitos confirmados pela doença, nem óbitos ou casos em investigação.

O relatório não traz dados de casos notificados de oropouche nem de mayaro, por não constituírem agravos de notificação compulsória.

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