
O presidente Jair Bolsonaro surpreendeu quem esperava um discurso curto e rápido na abertura da 74ª reunião de cúpula da Assembleia Geral da ONU, e falou por mais de meia hora. O presidente reafirmou sua oposição a iniciativas internacionais que se oponham à soberania brasileira na Amazônia e criticou interesses externos “disfarçados de boas intenções”, além de rechaçar “tentativas de instrumentalizar a questão ambiental e políticas indigenistas”.
Bolsonaro ainda criticou a imprensa internacional pela publicação do que classificou como informações “sensacionalistas” sobre os incêndios na floresta e disse que é “falácia” afirmar que Amazônia é patrimônio da humanidade. Falou sobre a tentativa de reverter a imagem negativa de seu governo no exterior e apresentou “o novo Brasil que ressurge depois de ter ficado à beira do socialismo”, que seu governo tenta reconquistar a confiança do mundo e está aberto para investimentos e parcerias.
No início de seu discurso, Bolsonaro criticou os governos anteriores ao seu e afirmou que o Brasil esteve a ponto de ser tomado pelo “socialismo”, fez críticas aos regimes de Cuba e da Venezuela e defendeu a liberdade política e econômica. “Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica e vice-versa”, disse.
Logo depois do discurso, o presidente postou mensagem no twitter afirmando que, na ONU, levou a “palavra firme do Brasil, dando voz aos verdadeiros anseios e valores de nosso amado povo. Estamos construindo um país mais próspero, onde a liberdade, a inviolabilidade da nossa soberania e a vontade dos brasileiros são os três alicerces que nos darão sustentação”.