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Petrobras: como pensa nova presidente sobre explorar foz do Amazonas

A engenheira Magda Chambriard foi indicada para o comando da Petrobras nesta quarta-feira (15), após a demissão de Jean Paul Prates. Assim como seu antecessor, ela é a favor da exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas e considera o projeto uma prioridade da estatal. 

O bloco pleiteado pela empresa fica a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 160 quilômetros da costa do Amapá, em uma região conhecida como Margem Equatorial.

O pedido para explorar a área está sob avaliação do Ibama, responsável pela autorização para perfuração dos poços.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em setembro de 2023, ela disse que para o país manter o atual nível de produção e autossuficiência, precisaria avançar sobre a Margem Equatorial, sobretudo na exploração da foz do Amazonas.

Entenda

A exploração de petróleo na Foz do Amazonas enfrenta resistência de ambientalistas, povos indígenas, do próprio Ibama e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Enquanto isso, a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia, parlamentares e governadores dos estados do Norte pressionam pela concessão da licença.

O bloco fica em águas ultraprofundas, em uma região ainda pouco explorada, com fortes correntes marinhas, espécies ameaçadas de extinção e outras desconhecidas, além de recifes de corais recém-descobertos.

Em maio de 2023, o Ibama negou o pedido da Petrobras. Segundo técnicos do instituto, o plano de proteção à fauna apresentado tinha “deficiências significativas” e o plano de emergência para casos de vazamento de óleo no mar era insuficiente. Dias depois, a companhia apresentou um pedido de reconsideração da licença, ainda sob análise.

Povos indígenas

Na terça-feira, 14, a estatal informou que não pretende atender ao pedido feito pelo órgão ambiental para a realização de estudos de impactos para os povos indígenas.

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