
O presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira (11), que o órgão decidiu anular o leilão de arroz realizado na última quinta-feira (6) para comprar arroz a preço tabelado, contra uma suposta ou alta dos preços apesar da colheita de 87% da safra no Rio Grande do Sul, maior produtor do produto no país, e dos estoques que garantem o abastecimento.
O certame estava sendo questionado pela oposição, principalmente pela capacidade técnica das empresas que venceram a disputa. Também há muitas suspeitas sobre a relação do secretário de Política Agrária, Neri Geller, e sócios das empresas que intermediaram o certame. Também havia questionamentos sobre as empresas que venceram o leilão.
“Decidimos anular esse leilão e vamos revisitar os mecanismos que são estabelecidos para esses leilões. Com apoio da CGU e da AGU, pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham capacidade técnica e financeira”, disse Pretto, em entrevista no Palácio do Planalto.
Segundo ele, um dos problemas era a desconfiança sobre a capacidade de as empresas vencedoras entregarem o produto. No leilão, o governo arrematou 263.730 toneladas de quatro empresas, a um custo de 1,3 bilhão de reais. “Não tem como a gente depositar dinheiro público sem termos as reais garantias de que o leilão e esses contratos posteriores serão honrados”, completou Pretto.


