Portal Você Online

G20 Brasil discute preservação da Amazônia e desenvolvimento econômico sustentável em Manaus

Na reunião, debates buscam elaborar um conceito para bioeconomia que inclua a perspectiva dos povos originários e tradicionais dos países-membros do G20.

O benefício de manter a floresta preservada por soluções para o desenvolvimento econômico e o enfrentamento dos efeitos da crise climática foi a pauta dos debates da reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20 – as maiores economias do mundo -, que vai até a próxima sexta-feira (21), no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus. Representantes dos países-membros do fórum, de organismos internacionais e autoridades nacionais buscam soluções sobre o tema. 

O governador do Amazonas, Wilson Lima, abriu os trabalhos do encontro. Ele afirmou que é preciso colocar o cidadão como protagonista nas discussões sobre mudanças climáticas. “Não tem como a gente falar em mitigação de mudanças climáticas sem colocar o homem, sem colocar o cidadão no centro dessas discussões”, disse.

Até esta quarta-feira (19), as reuniões discutem sobre bioeconomia e sustentabilidade climática e ambiental, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE). Nos dias 20 e 21, o tema dos debates será sustentabilidade climática e ambiental, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, com a presença da ministra Marina Silva.

No Brasil, a Cúpula de Líderes do G20 está agendada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, com a presença das lideranças dos 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia.

De acordo com Carina Pimenta, secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA), os debates são fundamentais para buscar alternativas sobre o uso sustentável da floresta.

Pimenta destacou que como esses espaços são historicamente preservados pelos povos e comunidades tradicionais, eles precisam estar no centro dos debates por alternativas econômicas e sustentáveis.

“Algumas inovações que estamos discutindo aqui no G20 são fundamentais para que países tropicais, países florestais, países mega diversos usufruam de uma bioeconomia no futuro”, disse. 

“A discussão sobre bioeconomia aqui no Brasil é impulsionada pela busca de soluções na região amazônica e impulsionada pela necessidade de que uma economia com um uso sustentável do nosso capital natural, com alternativas econômicas que mantenham e regeneram esses biomas, como a Amazônia, mas não só, devem estar no centro dos nossos pensamentos e dos nossos desenhos de estratégia de desenvolvimento”, completou. 

“Se a floresta queimada ou derrubada traz um prejuízo, a floresta preservada traz um benefício global. E é muito importante que os países desenvolvidos cumpram os compromissos assumidos no sentido de garantir recursos para a preservação das florestas tropicais em todo o mundo”, defendeu Rodrigo Rollemberg Secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil.

“O Brasil é um país que tem um perfil de emissões diferente do resto do mundo. Hoje, a maior parte das nossas emissões se dá em função do desmatamento. Daqui a alguns anos esse setor será o setor o maior responsável pela redução de emissões, através da eliminação do desmatamento ilegal e de grandes projetos de restauração e de reflorestamento”, assegurou Rollemberg. 

O governador do Amazonas disse ainda que, embora a região não seja a maior causadora das mudanças climáticas no mundo, os amazonenses estão dispostos a contribuir para as soluções e destacou a importância estratégica da Amazônia, responsável por regular o regime de chuvas e abrigar vastos estoques de dióxido de carbono.

“A bioeconomia é um caminho seguro para que possamos dar oportunidade à nossa população”, afirmou Wilson Lima, reforçando a necessidade de alinhar as agendas ambientais globais com as realidades locais para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Também participaram da abertura do evento Matias Cardomingo, do Ministério da Fazenda; e Leandro Pedron, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Fonte: G20 Brasil 2024/Secom

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *