O juiz de direito titular da 3.ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (3.ª VECUTE), Celso Souza de Paula, aceitou nesta sexta-feira (26) a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, após a Operação Mandrágora tem dez pessoas acusadas de tráfico de substâncias entorpecentes no caso Djijda Cardoso.
Dos 10 acusados, quatro respondem ao processo em liberdade e seis estão presos. A audiência de instrução do caso que chocou a sociedade manauara está prevista para o dia 4 de setembro deste ano. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas de acusação, depois as de defesa e, por último, os acusados.
Caso Djidja Cardoso
Segundo a Polícia Civil, o caso estava sendo investigado há 40 dias, e Djidja Cardoso também fazia parte do esquema. A suspeita é que a morte da ex-sinhazinha ocorrida no dia 29 de abril tenha sido causada por overdose de cetamina, pois o corpo dela foi encontrado pelos policiais com sinais de uso excessivo dessa substância.
O grupo realizava rituais em que promoviam o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário. No caso de pessoas, a droga é usada como anestésico, analgésico e até no tratamento da depressão.
‘Seita Pai, mãe e Vida’
Ademar Cardos e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe de Djidja são apontados como cabeças da seita Pai, Mãe, Vida, grupo religioso investigado por uma série de crimes.
Ainda de acordo com a polícia, os cinco presos responderão por 13 crimes.
Veja quem são os denunciados:
Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): denunciada por tráfico de drogas e associação para o tráfico – presa;
Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso;
José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso;
Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso;
Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico – preso;
Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar;
Claudiele Santos Silva (maquiadora em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar;
Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas – presa;
Emicley Araújo Freitas (funcionário da clínica veterinária de José Máximo): denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar.
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