O cozinheiro italiano Vitorio Del Gatto, que disse ser cuidador de Alejandro, e Igor Ferreira, proprietário da casa em que ele morava, afirmaram em depoimento que ele tinha problemas psiquiátricos por conta das drogas

Dois depoimentos prestados durante as investigações do assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42, no último fim de semana, definem Alejandro Valeiko como uma pessoa com transtornos psiquiátricos. Alejandro está com mandado de prisão preventiva expedido pela justiça por suspeita de envolvimento na morte de Flávio.
Os depoimentos do cozinheiro Vitorio Del Gatto, que morava com Alejandro Valeiko, e de Igor Gomes Ferreira, proprietário da casa do condomínio Passaredo onde Valeiko e Vittorio viviam, tratam o filho da primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, como dependente químico e alguém com problemas psiquiátricos. Os dois depoimentos, tomados no último dia 30, destacam que Vitorio morava no local para cuidar de Alejandro. Vitorio é um dos cinco suspeitos do crime que já estão presos.
Segundo Vitorio, ele morava no local havia quatro meses e realizava “trabalhos de cuidador” de Alejandro, “pois este tem problemas psiquiátricos, além de ser dependente químico”. O cozinheiro, que é italiano, afirmou ainda, no depoimento, que fazia o trabalho de maneira voluntária. Em 16 de maio deste ano, em seu perfil no Facebook, Vitorio postou uma foto ao lado de Alejandro em um restaurante japonês. No mesmo dia, ele também registrou o encontro no Instagram.
Um laudo anexado a um outro processo (na esfera cível) no Tribunal de Justiça do Amazonas, de outubro de 2015, afirma que Valeiko sofria de “transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de múltiplas drogas e substâncias psicoativas”, diz o laudo assinado por Bruno Netto dos Reys, da Clínica Jorge Jaber, localizada em Vargem Pequeno, Rio de Janeiro. Foi justamente para o Rio de Janeiro que Alejandro embarcou no último dia 30, um dia após a morte de Flávio e na mesma hora em que o corpo da vítima era encontrado em um terreno no Tarumã.
Na última quarta-feira, na única aparição pública de Elisabeth Valeiko após o ocorrido, ela afirmou que o filho ” é doente, mas ele não é assassino. Ele não matou ninguém”. O prefeito Arthur Neto, por sua vez, revelou em post nas redes sociais que o enteado havia ido para uma clínica de reabilitação.