Portal Você Online

Caso Djidja: mãe dava dinheiro para fisiculturista ‘administrar droga e ficar’ com ex-sinhazinha

A Justiça do Amazonas deu início, na manhã desta quarta-feira (4), a audiência de instrução de Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, encontrada morta em maio, em Manaus. Eles e outras oito pessoas se tornarem réus pelo crime de tráfico de drogas.

Segundo a investigação, a família de Djidja criou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado da droga sintética cetamina, de uso humano e veterinário, que causa alucinações e dependência.

Na audiência de instrução do caso, o Investigador Geraldo Nascimento revelou que Bruno Roberto, fisiculturista envolvido no crime, recebia dinheiro de Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, para ficar com a ex-sinhazinha.

O investigador afirmou que Bruno era remunerado para permanecer na casa da família de Djidja, mas não divulgou os valores pagos.

O investigador também destacou que Bruno esteve com Djidja horas antes de sua morte e continuou administrando medicamentos mesmo após perceber seu estado debilitado devido ao uso de drogas.

Djidja Cardoso foi encontrada morta por overdose de Ketamina no dia 28 de maio, na Cidade Nova, zona Norte de Manaus.

A audiência está sendo feita por videoconferência, sendo que as testemunhas de acusação serão as primeiras a serem ouvidas, no total de cinco.

Logo depois, ainda na audiência, serão ouvidas sete testemunhas de defesa. Por último, os réus serão interrogados, informou o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

O caso envolve Cleusimar Cardoso e seu filho Ademar, além de Bruno Roberto, denunciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A audiência marca o início do processo judicial sobre os eventos que culminaram na morte de Djidja.

O promotor de Justiça André Virgílio Belota Seffair representa o Ministério Público (MP).

Quem são os réus

Dos dez acusados, quatro respondem ao processo em liberdade e seis estão presos. Por ora, o Ministério Público só denunciou o grupo por tráfico de drogas.

Veja abaixo quem são os denunciados pelo MP e os crimes pelos quais devem responder:

  • Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): denunciada por tráfico de drogas e associação para o tráfico – presa;
  • Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso;
  • José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso;
  • Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso;
  • Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico – preso;
  • Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar;
  • Claudiele Santos Silva (maquiadora em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar;
  • Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas – presa;
  • Emicley Araújo Freitas (funcionário da clínica veterinária de José Máximo): denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar.
  • Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): também denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar.

Além da mãe e irmão de Djidja, estão presos funcionários de uma rede de salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, um coach, os donos e funcionários de clínicas veterinárias suspeitas de fornecer a droga para o grupo.

Na denúncia, o promotor de Justiça André Virgílio Betola Seffair disse que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.

“A denunciada guardava em sua residência numerosas caixas de Cetamina, fazendo um verdadeiro estoque para ser distribuído entre seus familiares e colaboradores, bem como os frequentadores do salão de beleza”, explicou o promotor.

Ainda segundo o Ministério Público, o ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto da Silva, estimulava a mãe da ex-sinhazinha a prosseguir na busca de uma falsa elevação espiritual.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *