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Nhamundá anuncia racionamento d’água por seca também nos poços artesianos

A seca severa que atinge o Amazonas levou a Prefeitura de Nhamundá a anunciar um racionamento de água a partir desta sexta-feira (20).

A medida busca garantir o reabastecimento natural dos aquíferos — formações geológicas que armazenam água subterrânea — e evitar a sobrecarga dos sistemas de bombeamento da cidade.

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De acordo com a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), responsável pelo abastecimento no município, a seca impactou os níveis dos poços artesianos.

A partir do dia 20 de setembro, apenas três dos sete poços funcionarão 24 horas por dia. Dois operarão até as 22h, enquanto os outros dois funcionarão até as 20h.

A Defesa Civil informou que a seca já afeta oito mil pessoas em Nhamundá. A prefeitura da cidade decretou situação de emergência no dia 12 de setembro. Em nota, a administração municipal explicou os motivos que levaram à implementação da medida.

“A significativa redução das chuvas está impactando os níveis estáticos (nível da água no poço em repouso) e dinâmicos (nível da água durante o bombeamento), além de reduzir drasticamente a disponibilidade de água nos mananciais superficiais e lençóis freáticos. Atualmente, os poços operam cerca de 20 horas por dia, mas, com a queda dos níveis de água, estamos implementando uma redução temporária no tempo de funcionamento”, explica o comunicado.

Decreto de emergência

No Amazonas todos os 62 municípios foram declarados em estado de emergência devido à seca severa e às queimadas que afetam o estado este ano.

A informação foi divulgada pelo governador Wilson Lima, que também assinou um decreto para declarar situação de emergência em saúde pública em razão do período de vazante dos rios.

De acordo com último boletim da estiagem divulgado pela Defesa Civil do Amazonas, até terça-feira (17 ), a seca no estado já impacta mais 460 mil pessoas. Os números ainda devem aumentar durante o restante do período.

A previsão do governo estadual é que o Amazonas enfrente uma seca severa este ano, possivelmente pior do que a de 2023. No ano passado, durante a estiagem, o Rio Negro atingiu o nível mais baixo dos últimos 120 anos

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