
A seca dos rios no Amazonas, Acre e Rondônia afetou o transporte fluvial, que registra redução de 80% no volume de cargas transportadas desde o início da vazante em julho deste ano.
Segundo o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas), em todas as calhas de rios no Amazonas há dificuldades logística para abastecer municípios com produtos essenciais.
O Rio Negro atingiu o nível mais baixo da história, com 12,66 metros de profundidade. Para o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega, com esse nível há risco para a navegação e compromete o transporte de alimentos e combustíveis.
“Com a redução da profundidade dos rios, as embarcações têm que diminuir seu peso e a quantidade de produtos transportados para garantir a navegação segura e evitar encalhar em bancos de areia. Desta forma, o volume transportado caiu em até 80%, o que encarece e limita as operações, afetando diretamente a distribuição em Manaus e em municípios mais afastados”, explicou Nóbrega.
Além dos problemas logísticos, a seca dos rios obriga as embarcações a navegarem com uma velocidade reduzida em muitos trechos e no caso do Rio Madeira, a navegação noturna está proibida durante a seca, facilitando ações constantes das quadrilhas de piratas.
“A insegurança também cresce com a seca e o risco de ataques piratas aumentou significativamente nestes meses, especialmente porque a situação torna as embarcações mais vulneráveis.
O risco surpresa está a favor deles e onde menos se espera, os ataques acontecem”, acrescentou.