Aeroclube de Manaus tem missão estratégica de formar pilotos e mecânicos de voo no Amazonas.
A Associação Privada Aeroclube do Amazonas teve reconhecida pelo Ministério dos Portos e Aeroportos (MinPort), nesta segunda-feira (25), a capacidade técnica para exploração de serviços aéreos e, com isso, poderá voltar a administrar o Aeroporto de Flores, também conhecido como Aeroclube de Manaus.
A administração do Aeroclube estava nas mãos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) desde 16 de novembro de 2023, quando uma portaria assinada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, mudou a administração do local devido a falta de capacidade técnica da Associação Privada.
O reconhecimento da capacidade técnica para exploração de serviços aéreos no Aeroclube de Manaus foi feita por meio da portaria 15.832, assinada pelo superintendente de Padrões Operacionais substituto do MinPort, Carlos Andre Araripe Ramalho Leite.
Aeroclube de Manaus e a história da aviação no Amazonas
Com raízes profundas na história da aviação brasileira, o Aeroclube de Manaus foi criado 1940 com a missão de desenvolver a aviação civil na capital da Amazônia.
Em seus primeiros anos, serviu como um polo essencial para pilotos pioneiros que enfrentavam os desafios de sobrevoar a vasta floresta amazônica.
Além disso, tornou-se um símbolo de modernidade para a cidade, marcando o início de uma nova era de conectividade aérea.
Atualmente, o aeroclube abriga uma das mais renomadas escolas de aviação da região Norte, oferecendo cursos para a formação de pilotos privados e comerciais.
Essa estrutura tem sido vital para atender à crescente demanda por profissionais de aviação, tanto no setor privado quanto no comercial, especialmente em um estado onde a aviação é essencial para o transporte de pessoas e mercadorias.
Estrutura e Operações
Localizado estrategicamente próximo ao centro de Manaus, o aeroclube ocupa uma área significativa no bairro de Flores.
Suas instalações incluem uma pista de pouso de aproximadamente 900 metros, hangares para armazenamento de aeronaves, salas de aula, oficinas de manutenção e áreas de convivência.
Além de ser um espaço de treinamento, o aeroclube é frequentemente usado como ponto de partida para voos privados e de táxi aéreo, conectando Manaus a municípios remotos e áreas ribeirinhas.
O fluxo de pequenas aeronaves também contribui para aliviar a pressão sobre o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, reservando este último para operações de grande porte.
Desafios e Perspectivas
Apesar de sua relevância, o Aeroclube de Manaus enfrenta desafios comuns a estruturas de médio porte no Brasil.
A expansão urbana do bairro de Flores trouxe questões de segurança e sustentabilidade, incluindo o gerenciamento de ruídos e a convivência com áreas residenciais próximas. Além disso, há uma constante necessidade de modernização das instalações para atender às normas internacionais de aviação.
Ainda assim, o futuro do aeroclube é promissor. Com o crescimento da aviação regional e o fortalecimento da economia amazônica, o espaço pode se consolidar ainda mais como um hub estratégico para operações aéreas de pequeno e médio porte.