
A segunda Sessão Plenária do ano na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (4), teve entre os assuntos principais, a candidatura do Teatro Amazonas a patrimônio mundial e a instalação de uma unidade da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), em Novo Remanso, Itacoatiara (176 km de Manaus).
Em seu discurso, o deputado estadual Sinésio Campos (PT) falou sobre a candidatura do Teatro Amazonas a patrimônio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). De acordo com Campos, a Amazônia, com toda a sua riqueza natural e cultural, não tem nenhum monumento incluído na lista de Patrimônio Mundial da Unesco.
“Nenhuma de suas áreas ou bens culturais foram oficialmente considerados Patrimônio Mundial. Vivemos em uma região que abriga marcos históricos importantes, como o Teatro Amazonas e o Teatro da Paz no Pará. Temos um Centro Histórico riquíssimo, mas, surpreendentemente, não possuímos sequer uma referência mundial reconhecida oficialmente. Quando falamos sobre cultura, arte e patrimônio, percebemos que, tanto no âmbito municipal quanto estadual e federal, há uma grande lacuna nesse reconhecimento” afirmou.
O deputado citou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem se empenhado para que o Teatro Amazonas e o Teatro da Paz sejam incluídos na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. “Caso esse reconhecimento seja alcançado, a forma como esses bens culturais são percebidos mudará completamente. O Brasil, que já teve grande relevância no período áureo da borracha e foi referência para o mundo em diversos momentos, merece esse destaque”, argumentou o parlamentar.
Entre os locais já tombados pela Unesco, segundo Sinésio Campos, se encontram o Centro Histórico de Ouro Preto, em Minas Gerais, e o centro histórico de Olinda, em Pernambuco. “Esses locais recebem grande fluxo de visitantes justamente por serem reconhecidos como Patrimônio Mundial. A Amazônia, com todo o seu valor histórico, cultural e natural, precisa ser incluída nessa lista. Precisamos continuar lutando para que nossos patrimônios sejam devidamente reconhecidos e valorizados no cenário internacional”, concluiu.