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Amazonas registra 13 casos de Mpox e monitora 26 suspeitas

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulgou, nesta novo informe epidemiológico semanal sobre a Mpox.

Entre 1º de janeiro e 4 de fevereiro de 2025, foram registradas 26 notificações da doença, com 13 casos confirmados e 10 descartados. Não há registros de óbitos. As informações são atualizadas semanalmente e estão disponíveis no site da FVS-RCP (www.fvs.am.gov.br).

A Mpox é uma infecção viral causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus. A transmissão ocorre pelo contato com fluidos corporais de pessoas infectadas, materiais contaminados ou animais silvestres.

Os principais sintomas incluem febre, lesões na pele, inchaço dos linfonodos, dores musculares, calafrios, fraqueza e dor de cabeça.

O período de incubação varia de 3 a 21 dias, e a transmissão ocorre enquanto houver lesões ativas. As erupções podem se manifestar na face, palmas das mãos, plantas dos pés e em outras partes do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e região anal.

A infecção costuma evoluir para quadros leves a moderados e pode durar de duas a quatro semanas. No entanto, em grupos vulneráveis, como gestantes, crianças e pessoas com imunossupressão, a doença pode apresentar complicações.

O diagnóstico da Mpox é realizado por exames laboratoriais, com coleta de amostras das lesões para teste molecular ou sequenciamento genético. As amostras são encaminhadas para laboratórios de referência no Brasil.

A notificação dos casos suspeitos ou confirmados é obrigatória e deve ser realizada em até 24 horas pelos profissionais de saúde, conforme determina a Portaria GM/MS nº 3328, de 22 de agosto de 2022. O registro é feito no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (e-SUS Sinan).

Para reduzir o risco de transmissão, a SES-AM recomenda:

  • Evitar contato direto com lesões na pele, fluidos corporais ou materiais contaminados de pessoas infectadas;
  • Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel, especialmente após tocar superfícies compartilhadas;
  • Praticar sexo seguro, utilizando preservativo e observando sinais suspeitos em si ou no parceiro(a);
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar para evitar a disseminação do vírus;
  • Usar máscaras de proteção respiratória em ambientes fechados e mal ventilados;
  • Evitar compartilhar objetos pessoais, como roupas, toalhas, escovas de dente e talheres;
  • Lavar roupas de cama e utensílios utilizados por pessoas infectadas com água morna e detergente;
  • Manter isolamento domiciliar em casos suspeitos até a cicatrização completa das lesões.

Vacinação e grupos prioritários

A vacinação contra a Mpox está disponível para grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença. A estratégia de imunização inclui:

  • Pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com 18 anos ou mais e com contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
  • Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em ambientes de biossegurança nível 2 (NB-2), entre 18 e 49 anos;
  • Pessoas com exposição confirmada ao vírus, mediante avaliação da vigilância local.

Atendimento e encaminhamentos

A SES-AM orienta que qualquer pessoa com sintomas suspeitos procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação.

Casos suspeitos podem ser encaminhados para unidades de referência, onde são realizadas coletas de amostras. Pacientes com quadros mais graves, gestantes e crianças devem ser direcionados à Fundação de Medicina Tropical – Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Manaus.

A população deve seguir as orientações das autoridades sanitárias e manter cuidados preventivos para evitar a disseminação do vírus.

*Com informações da FVS-AM e Ministério da Saúde

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