
Após identificação por equipamentos de raio-X, a equipe dos Correios entrou em contato com o Ipaam. Os animais estavam escondidos em embalagens junto a outros materiais, com a intenção de burlar a fiscalização. No Brasil, a criação comercial de axolotes é ilegal, e sua posse e comercialização não são regulamentadas.
De acordo com o Ipaam, nos casos de apreensões nos Correios, o órgão atua quando há indícios de crimes ambientais, como o transporte ilegal de animais silvestres ou produtos de origem vegetal sem autorização. Dependendo da avaliação do Instituto, o Ibama e outras autoridades, como a Polícia Federal, podem ser envolvidas na operação.
O médico veterinário que presta serviços ao Ibama, Laerzio Neto, destacou que a crescente demanda por essa espécie de salamandra tem sido impulsionada por sua popularização em mídias digitais e jogos eletrônicos, como “Minecraft”, incentivando o tráfico ilegal. Segundo ele, no país, os principais fornecedores desse mercado estão concentrados nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, onde criadores irregulares mantêm e comercializam esses animais sem autorização.
Os três exemplares de axolotes foram levados para o Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres (Cetras) do Ibama, no Distrito Industrial 1, zona sul da capital.
Caso tenha alguma denúncia, o Ipaam disponibiliza o WhatsApp da Gerência de Fiscalização (Gefa) do Instituto pelo número (92) 98557-9454. Para eventuais dúvidas em relação a animais silvestres, os interessados também podem entrar em contato com a Gfau pelo telefone (92) 2123-6739.