Outros 36,7% classificam como “péssima” a condução do presidente e 24,4%, classifica a entrega do trabalho como regular

Prestes a completar dois anos e meio de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra dificuldades para manter o apoio do eleitorado e assiste, com preocupação, à crescente avaliação negativa de seu governo. Segundo levantamento nacional publicado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta quarta-feira, 23, a parcela dos brasileiros que rejeitam o governo Lula chega a 57,4%.
De acordo com a pesquisa, o grupo que aprova a gestão Lula representa 39,2% do eleitorado, e outros 3,4% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder sobre o assunto.
O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.020 eleitores nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, em 160 municípios, entre os dias 16 e 19 de abril de 2025. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais (pp) para mais ou para menos, para os resultados gerais.
Na escala de avaliação, apenas 7,8% dos brasileiros consideram a administração federal “ótima” e outros 18,8% tem visão “boa” sobre o governo, enquanto 11,3% dos participantes veem o trabalho do petista como “ruim” e 36,7% classificam como “péssima” a condução do Planalto. Para 24,4%, Lula entrega um trabalho “regular”.
As notícias para o governo Lula são ainda piores na comparação com levantamentos anteriores. A pesquisa indica que a popularidade do governo do PT vem seguindo uma trajetória de queda livre nos últimos dois anos, despencando quinze pontos percentuais (pp) desde os 54,3% de aprovação registrados em agosto de 2023 — na contramão, a rejeição ao presidente disparou dezessete pontos percentuais no mesmo período, passando de 40,1% para 57,4%.
A deterioração do apoio ao PT é indicada também na escala gradual de avaliação. Desde agosto de 2023, os grupos que consideram a administração Lula “ótima” e “boa” diminuíram de 15,9% e 24,1% para, respectivamente, 7,8% e 18,8%, ao passo que as parcelas que avaliam o governo como “ruim” ou “péssimo” cresceram de 7% e 23,7% para 11,3% e 36,7%, respectivamente.