
Morreu aos 81 anos Sebastião Salgado, considerado um dos maiores fotógrafos do mundo. Ele enfrentava problemas de saúde decorrentes de uma malária, que adquiriu nos anos 1990. Ele vivia em Paris.
Nascido em 1944 em Minas Gerais, ele deixa dois filhos. Salgado iniciou sua carreira em 1973 já visitou mais de 100 países para desenvolver projetos de fotografia.
Em 2014, o documentário O Sal da Terra, codirigido pelo premiado cineasta alemão Wim Wenders e por Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião, foi premiado em Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
Ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, Salgado alcançou fama internacional por suas extraordinárias composições em preto e branco, em que captava tanto as maiores belezas naturais, quanto as maiores atrocidades promovidas pelos homens.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz a nota do Instituto Terra.
Trabalho
Economista de formação, Salgado começou a fotografar no início da década de 1970 na França, onde vivia desde então, e nunca mais parou.
Trabalhou para as agências Sigma, Gamma e Magnum. Atualmente, as fotos de Salgado fazem parte das coleções de numerosos museus e instituições importantes ao redor do mundo.
Era imortal da Academia de Belas Artes da França desde 2017. E recebeu os mais importantes prêmios da fotografia mundial. Dentre eles, o Prêmio W. Eugene Smith de Fotografia Humanitária, o World Press Photo, o Hasselblad, o prêmio Jabuti na categoria reportagem e foi o primeiro fotógrafo a receber o Príncipe de Astúrias das Artes, na Espanha.
Recentemente, o concurso Sony World Photography Awards 2024 premiou o fotógrafo brasileiro por sua “destacada contribuição à fotografia”.