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Amazonas tem 1,1% da população diagnosticada com autismo

Pela primeira vez, o Censo do IBGE trouxe dados sobre o número de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Amazonas. No estado, 1,1% da população declarou já ter recebido diagnóstico de autismo por um profissional de saúde.

A informação faz parte do levantamento nacional do Censo 2022, que revelou um total de 2,4 milhões de brasileiros diagnosticados com TEA — o equivalente a 1,2% da população do país.

Os dados do Amazonas revelam ainda diferenças importantes. O diagnóstico é mais comum entre os homens (1,4%) do que entre as mulheres (0,8%) e entre pessoas brancas (1,5%) seguidos por pessoas pretas (1%), enquanto o menor percentual está entre os indígenas, com 0,7%.

Essa diferença evidencia desigualdades no acesso ao diagnóstico e aos serviços de saúde. Os dados oficiais podem embasar políticas públicas mais eficazes e fortalecer o apoio a famílias e profissionais da educação nessas regiões.

Números nacionais

Apesar de a maior concentração de pessoas com TEA estar no Sudeste em números absolutos (43%), os maiores percentuais estão nas regiões Norte e Nordeste. Acre e Ceará lideram com 1,6%, seguidos do Amapá, com 1,5%.

Outro destaque do levantamento é o número de estudantes com autismo: 760 mil alunos a partir dos seis anos de idade, sendo que dois terços estão no ensino fundamental.

A taxa de escolarização entre pessoas com TEA é maior que a da população geral, pois muitos estão em idade escolar. No entanto, especialistas alertam que a inclusão real ainda está longe do ideal, principalmente na rede pública.

Apesar do primeiro retrato nacional, o relatório do IBGE também reconhece limitações deixando o número subdimensionado: isso porque a pergunta feita no Censo foi direta — “Já foi diagnosticado(a) com autismo por algum profissional de saúde?” —, o que pode ter deixado muitos casos de fora, principalmente entre adultos e idosos, que não foram diagnosticados ao longo da vida.

Os resultados completos podem ser acessados no portal do IBGE e em plataformas como o SIDRA, o Panorama do Censo e a Plataforma Geográfica Interativa (PGI), sendo que nesses dois últimos poderão ser visualizados, também, por meio de mapas interativos.

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