Clássico será disputado neste sábado, às 17h, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Brasileirão
Santos e São Paulo se enfrentam neste sábado, às 17h, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, com uma característica em comum: a posse de bola.
Os técnicos Jorge Sampaoli e Fernando Diniz são adeptos desse estilo de jogo e reforçam a todo instante que o time que passa mais tempo com a bola tem mais chances de criar oportunidades de gol e, consequentemente, sair com a vitória.
Nos primeiros 11 jogos de Diniz no comando do São Paulo, e nos últimos 11 jogos de Sampaoli pelo Santos, suas equipes só não saíram com maior posse de bola em uma ocasião.
Os resultados, porém, são melhores para o treinador argentino. Nessas 11 partidas, foram oito vitórias, dois empates e uma derrota. Fernando Diniz, por sua vez, acumulou cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Sampaoli
– Tudo vai estar vinculado com a bola. Muitos não querem a bola. Vamos tratá-la como a maior coisa para defender e atacar.
Essa frase foi dita pelo argentino em 18 de dezembro de 2018, dia de sua apresentação como técnico do Santos.
De lá para cá, Sampaoli cumpriu o prometido e mudou completamente a filosofia de jogo. O treinador implementou conceitos e adequou a equipe ao seu estilo. Os jogadores, em pouco tempo, compraram a ideia do “amor pelo balón”, expressão que ficou marcada entre os torcedores e que o argentino passa para seus atletas no dia a dia.
Além de sempre priorizar a posse de bola (especialmente no setor ofensivo), Sampaoli arma seu time com o ataque como principal objetivo. Por inúmeras vezes na temporada, o técnico montou uma linha de cinco atletas no setor ofensivo, com infiltração constante dos meias.
– Nossa proposta está relacionada sempre com o ataque. Vamos sempre por esse caminho. A construção da equipe tem a ver com manter esse protagonismo que começamos em janeiro – afirmou Sampaoli, em entrevista recente.
O estilo de jogo do argentino casou perfeitamente com a filosofia que o Santos busca num treinador. Não à toa, num curto espaço de tempo, Sampaoli já é considerado uma espécie de ídolo para grande parte da torcida, que sempre grita o nome do argentino nos estádios – a permanência para 2020, porém, segue incerta até o momento.
Especificamente para o clássico contra o São Paulo, Sampaoli intensificou os trabalhos de marcação pressão ao longo dos treinos da semana, muito por conta do estilo de jogo de Fernando Diniz.
O Santos liderou a posse de bola em 10 dos últimos 11 jogos (veja em detalhes abaixo). A única vez em que o time perdeu no quesito foi na vitória sobre o Avaí, por 2 a 1, na 31ª rodada, fora de casa.
- 11 jogos
- 8 vitórias
- 2 empates
- 1 derrota
- 78,7% de aproveitamento
- 17 gols marcados
- 5 gols sofrido
Fernando Diniz
Desde que despontou no Audax, em 2014, o treinador mostrou suas credenciais de muita posse de bola, triangulações e intensidade. O vice-campeonato do Paulistão daquele ano chamou a atenção pela forma com que seu time se portava.
Em 2018, Diniz chegou ao Athletico-PR para implementar seu estilo pela primeira vez em uma equipe da Série A do Brasileirão. O baixo desempenho, porém, fez ele durar menos de seis meses no comando.
O Fluminense, então, apostou no trabalho do técnico para a temporada de 2019, mas em agosto ele foi demitido após também não ter desempenhado um futebol de resultados.
Embora não tenha conseguido êxito nessas duas equipes, a sua forma de jogo é bem vista por atletas, tanto é que os próprios jogadores do São Paulo pediram a contratação de Diniz após a saída do técnico Cuca.
Em pouco tempo no comando, Fernando Diniz já implementou seu estilo, e apenas no duelo contra Flamengo, em sua estreia, na 22ª rodada, o São Paulo não teve mais posse de bola.
Ter mais a bola, no entanto, não garantiu somente bons resultados ao São Paulo. Os números do Tricolor com o treinador são:
- 11 jogos
- 5 vitórias
- 2 empates
- 4 derrotas
- 51,5% de aproveitamento
- 9 gols marcados
- 8 gols sofridos