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Uma nova onda de ataques do Irã contra Israel matou 10 pessoas, elevando o número de mortos para 13 desde que o país iniciou seus ataques retaliatórios, e deixou mais de 200 feridas durante a noite de sábado e a madrugada deste domingo, no terceiro dia de um conflito que caminha a passos largos para se tornar uma guerra de grande porte. O Irã já confirmou 78 mortes e 320 feridos.
Segundo os serviços de resgate israelenses, os mísseis atingiram prédios residenciais, inclusive no norte do país, que até agora não tinha sido atingido. Também no sábado, aviões israelenses atacaram um depósito de combustível no norte de Teerã.
O embaixador do Irã na ONU afirmou que 78 pessoas foram mortas e 320 ficaram feridas na primeira onda de ataques israelenses na sexta-feira (13). Porém, as autoridades iranianas não forneceram um número atualizado de mortes neste domingo (15).
Imagens publicadas em redes sociais mostram os mísseis sobre a cidade de Haifa, a maior do norte israelense, ao som de explosões de impactos e interceptações dos sistemas de defesa aérea — segundo as equipes de resgate, cinco pessoas morreram na região, que foi atingida pela primeira vez desde o início do conflito.
O Exército israelense escreveu no X que milhões de cidadãos “correram em busca de abrigo ao soar das sirenes” em dezenas de cidades e comunidades de todo o país, incluindo da capital. Mísseis também foram avistados nos céus de países vizinhos, como o Líbano. Diante da nova onda de ataques, Jordânia e Síria anunciaram o fechamento de seus espaços aéreos.
No X, o Exército israelense confirmou que muitas pessoas procuraram os abrigos no norte do país devido aos disparos. Em comunicado, o Comando da Defesa Civil instruiu os moradores israelenses a “permanecerem próximos a espaços protegidos” por volta das 23h no horário local (17h no horário de Brasília). A Embaixada dos EUA em Israel também orientou que todos seus funcionários permaneçam em abrigos até um novo aviso.
Segundo a imprensa estatal iraniana, foram disparados “centenas de vários tipos de mísseis balísticos” contra Israel, que tinham como alvos “instalações vitais de energia israelenses”. O texto afirma que houve danos a locais como a refiaria de Haifa, com a “interrupção generalizada da rede de distribuição de energia nas regiões centrais dos territórios ocupados (Israel) e desativaram parte da infraestrutura vital do regime”. As autoridades israelenses não se pronunciaram.
No começo do dia, Israel realizou um ataque com drones contra o campo de petróleo Pars Sul, o maior do país, provocando um incêndio de grandes proporções e afetando a produção. Foi a primeira ação israelense contra a infraestrutrura energética iraniana, que foi seguida por bombardeios contra ao menos duas refinarias neste sábado, causando estragos visíveis.
Em outra frente, Israel lançou um ataque que, de acordo com militares ouvidos pelo New York Times, tinha como objetivo assassinar o comandante militar da milícia houthi, aliada do Irã e que atua a partir do Iêmen. Segundo as primeiras informações, Mohamed al-Ghamari participava de uma reunião com membros de alto escalão do grupo armado, mas não se sabe o paradeiro dele.
Citado pela rede al-Jazeera, um representante dos houthis disse que os israelenses estão sofrendo sérios danos com os mísseis iranianos, e agora “promovem mentiras para criar uma falsa vitória para encobrir suas derrotas”. Ele não informou se al-Ghamari havia sido atingido no ataque.