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Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco. A informação foi confirmada pela família à imprensa. O ator estava internado no Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, e estava sedado desde então. Nome de destaque na televisão brasileira — galã de novelas de sucesso, entre as quais as versões originais de “Selva de pedra” (1972) e “Pecado capital” (1975) —, o artista estava há 20 dias em tratamento, em São Paulo.
Cuoco enfrentava, nos últimos anos, complicações de saúde derivados de uma infecção nos rins, algo que o deixou com dificuldades de locomoção.
Dono de uma carreira extensa e marcante, Cuoco se consagrou como um dos rostos mais icônicos das telenovelas, especialmente durante as décadas de 1970 e 1980.
Francisco Cuoco nasceu em São Paulo, em 1933, e iniciou sua carreira artística no teatro, integrando companhias como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete. Na televisão, começou ainda nos anos 1950, passando por emissoras como Tupi, Rio e Excelsior, até se consolidar na TV Globo a partir de 1970.
Foi protagonista de novelas de grande repercussão, como Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975), O Astro (1977) e O Outro (1987), muitas vezes interpretando personagens que combinavam charme, intensidade dramática e conflitos morais.
A imagem de uma multidão à espera de Francisco Cuoco na saída de uma apresentação no Theatro Municipal de São Paulo, no início dos anos 1970, é o retrato mais fidedigno do que que representou o ator para o imaginário coletivo de determinada época. A cena é real, e está documentada nos arquivos da TV Globo como parte do programa “Só o amor constrói” (1973): assim que deixa o local, depois de apresentar um monólogo, o artista é dominado por uma massa de gente — homens, mulheres, crianças, idosos —, sendo escoltado por agentes policiais, tamanha a turba.
Ao longo de grande parte dos quase 70 anos de carreira, Cuoco emprestou o rosto, o corpo e a voz para um ideal — aquilo que se convencionou chamar de galã. Intérprete de figuras carismáticas e sedutoras, o paulistano nascido e criado no bairro do Brás enfileirou trabalhos de sucesso num período em que a TV ainda engatinhava no país.
Aliás, em 1970, quando estreou na TV Globo na pele do mocinho de “Assim na terra como no céu”, de Dias Gomes, o artista também dava as caras, simultaneamente — no mesmíssimo horário —, em “Sangue do meu sangue” (1969), folhetim da Excelsior que havia sido adquirido pela TV Tupi.