
A família de Juliana Marins acionou a Defensoria Pública da União (DPU) para solicitar judicialmente uma nova autópsia no corpo da jovem, que morreu após cair na trilha de um vulcão no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia.
“Com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM) da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia no caso da minha irmã, Juliana”, informou Mariana Marins no perfil criado pela família para compartilhar atualizações sobre a publicitária.
“Confiamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, completou a irmã de Juliana Marins.
Neste domingo, a família de Juliana Marins fez um apelo para a companhia aérea Emirates confirmar o voo que levará o corpo da publicitária para o Rio de Janeiro. Ainda não há previsão de quando será feito o traslado.
“Já estava tudo certo com o voo, já estava confirmado, mas a Emirates em Bali não quer trazer minha irmã para casa. Do nada, o bagageiro do voo ficou ‘lotado’. Pedimos que o descaso com Juliana acabe!”, escreveu Mariana Marins, irmã de Juliana.
Em mensagem enviada por Mariana, ela questiona: “Parece proposital, já que o embalsamamento tem apenas alguns dias de validade. O medo é que em nova autópsia descubramos mais coisas?”.
Resultado da autópsia foi divulgado à imprensa antes da família receber laudo
Mariana Marins, irmã de Juliana Marins, declarou em vídeo publicado nas redes sociais que o resultado da autópsia foi divulgado à imprensa antes de ser comunicado à família que estava no hospital na Indonésia.
“Minha família foi chamada no hospital para poder receber o laudo. Porém, antes que eles chegassem, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico legista achou de bom-tom fazer uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo, em vez de falar para a família antes”, afirmou Mariana.
Resultado da autópsia
Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos após cair da encosta de um vulcão na Indonésia, apontou o laudo de autópsia divulgado nesta sexta-feira (27) por peritos do Hospital Bali Mandar. O relatório aponta ainda que a causa da morte foi trauma torácico grave provocado por forte impacto, o que teria provocado grande hemorragia interna e danificado os órgãos internos.
“Os ferimentos mais graves estavam no tórax, especialmente na parte de trás do corpo, onde o impacto comprometeu órgãos internos ligados à respiração”, afirmou o médico legista Ida Bagus Putu Alit, em entrevista coletiva.
Ao apresentar o laudo, Alit disse que Juliana sofreu escoriações em todo o corpo devido à queda, especialmente nas costas e nos membros superiores e inferiores. Também foram encontrados ferimentos em sua cabeça. Segundo ele, o impacto comprometeu órgãos internos ligados à respiração.
“Portanto, se observarmos o pior, ele está relacionado à respiração. Ou seja, há ferimentos, especialmente no peito, especialmente no peito na parte de trás do corpo. E isso danificou os órgãos internos”, disse ele, segundo a rede CNN Indonesia.
A tragédia que tirou a vida de Juliana não foi a primeira a ocorrer em Rinjani. Segundo o jornal indonésio Kompas, apenas de abril a junho deste ano outros três incidentes ocorreram no local – e um turista da Malásia também morreu.