
O Centro da Indústria do Amazonas divulgou esta semana a 22ª edição do Painel da Economia Amazonense (PEA), em edição especial, para mostrar a atratividade do Polo Industrial de Manaus (PIM) pelo valor à disposição de quem se envolve neste modelo de produção e desenvolvimento. A análise de conjuntura mostra que a economia amazonense no mês de abril, decaiu em 1,5% em relação a março, mas o volume total ainda é 2,6% superior a abril de 2024, mostrando que o setor industrial permanece crescendo e mantendo a sua posição como principal base da economia no Amazonas.
O indicador geral do Índice de Atividade Econômica Regional – Amazonas (IBCR-AM), publicado pelo Banco Central, reduziu em 1,5% no mês de abril, comparado com março. Esse número índice tem duas versões: uma padrão nominal e outra ajustada para tirar o efeito da sazonalidade. Na versão ajustada aqueda foi menor, registrando 0,5%, excepcionalmente no mês de abril por conta do feriado da Páscoa. Na indústria o resultado se refletiu na queda de 6% do faturamento na comparação mensal.
“Vale ressaltar que no primeiro trimestre os resultados foram muito bons, a indústria tinha abastecido muito bem o mercado com recordes de produção e faturamento para o período. Com esse abastecimento garantido a forte produção atendeu fartamente o mercado consumidor no primeiro trimestre, deixando espaço para acomodação no mês de abril. Porém, ainda com essa queda de 6% o faturamento é bem superior ao de 2024 no mesmo período”, explica o professor de economia André Ricardo, coordenador da Área de Indicativos do CIEAM.
O motivo dessa queda dá pra entender nos dados de faturamento das empresas do PIM, que caiu 6,6% em abril, para R$ 18 bilhões. Além da sazonalidade, outro provável motivo dessa queda foi o aumento do custo da cesta básica, que toma espaço nos orçamentos das famílias brasileiras, que acabam comprando menos os bens duráveis típicos do PIM, como TVs, etc. Mesmo assim, o desempenho é bem superior a 2024, quase 15% superior no acumulado do quadrimestre.
Empregos no PIM
O nível de empregos é outro dado que, pelas divulgações recentes, tem reafirmado a confiança dos investidores do Polo Industrial de Manaus, que há dois anos permanece em sequência quase ininterrupta de aumento nos vínculos formais de emprego. Os dados mais recentes, para o mês de abril, apontam para 132 mil empregos diretos na indústria de transformação do Amazonas. Aumento de 1.135 vagas, além do aumentos nas contratações nos setores de Eletrônico e Informática, que juntos acrescentaram 291 vagas, demonstrando que as operações devem continuar firme nesses setores.
O PEA encerra a sua avaliação mostrando que a indústria persiste nos ganhos de empregabilidade, com parte desses ganhos sendo de responsabilidade do trabalho direto do CIEAM. Das 357 vagas acrescentadas no setor de “Outros Equipamentos de Transporte”, aproximadamente 50 foram pelo trabalho da Comissão CIEAM de Recursos Humanos, que direcionou 50 jovens egressos do serviço militar obrigatório para pronta contratação em indústrias do Setor Naval”, explica André Ricardo.