
O desmatamento na Amazônia, em maio de 2025, alcançou 960 km², o que representa uma alta de 92% em relação ao mesmo mês de 2024. Plataforma de governo do presidente Lula, de acabar com o problema, o cenário só tem aumentado nos meses anteriores, mas que só foram percebidos tardiamente algum tempo depois, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.
“Esse incêndio florestal de grandes proporções, relacionado a uma alteração climática, não é um desmatamento ocorrido em maio. Ele é uma floresta incendiada a tal ponto que chega agora como uma floresta colapsada”, explica o ministério.
Na análise do período acumulado, de agosto de 2024 a maio de 2025, essa alta foi de 9,1% na comparação com os mesmos meses no ano anterior.
Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e foram apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília.
Incêndios
Nos últimos cinco anos, os focos de incêndio em vegetação nativa se mantinham na média de 10%. Em 2024, já no governo Lula, esse índice subiu para 13,5%. Nos primeiros meses de 2025, 23,7% dos focos de incêndio no país atingiram vegetação nativa.
Segundo o ministério, o dado nunca foi evidenciado porque, em anos anteriores, o desmatamento decorrente de incêndio florestal representava percentuais muito inferiores.
No Cerrado e no Pantanal, a tendência de queda permaneceu para o mês de maio, com quedas respectivamente de 15% e 65% na comparação entre maio de 2025 e 2024.
No período agregado de agosto de 2024 a maio de 2025, o Cerrado perdeu 4.583 km², representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. No Pantanal, de agosto de 2024 a maio de 2025, foram perdidos 267 km², 74% a menos que no mesmo período de anos anteriores.