
O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mudou seu depoimento dado anteriormente à PF. Em novo depoimento, ontem (terça-feira, 19) ele corrigiu sua versão inicial dada em duas ocasiões à Polícia Civil do Rio de Janeiro de que Bolsonaro teria autorizado a entrada de um dos suspeitos de matar a vereadora carioca, Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Nos dias 7 e 9 de outubro, o porteiro disse na polícia que ter ouvido uma autorização do “seu Jair” para que um dos acusados da morte de Marielle Franco entrasse no Vivendas da Barra.
Ontem, o porteiro não confirmou a versão inicial dada por ele próprio. Na ocasião, Bolsonaro, estava em Brasília, na Câmara, no dia 14 de março do ano passado, data em que ocorreu o fato narrado pelo porteiro.
Segundo relatou, ele anotou errado na planilha do condomínio o número da casa para a qual ia Élcio Queiroz, um dos acusados pela morte de Marielle Franco. Em vez de escrever “casa 66”, anotou “casa 58”.
Ainda segundo o porteiro, ele se sentiu pressionado por ele mesmo pelo erro cometido quando anotou os dados na planilha, resolveu contar a história sobre o “seu Jair”.
A Polícia Federal não conseguiu ainda descobrir se o porteiro se confundiu ou se foi pressionado a citar “seu Jair” em seus depoimentos anteriores — e, se houve pressão, de quem partiu.