Seis grupos de danças pisaram na arena do Centro Cultural dos Povos da Amazônia, no sábado, apresentando diferentes estilos

O anfiteatro do Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA) foi tomado por exaltações à cultura nordestina, regional e indígena na oitava noite de apresentações do 67º Festival Folclórico do Amazonas, realizada no sábado (19). A programação do Festival continua neste domingo (20), com a apresentação de sete danças folclóricas. As atividades iniciam a partir das 19h, com entrada gratuita para o público.
Se apresentam neste domingo: Quadrilha Tradicional Brotinhos de Petrópolis, Cacetinho Belo Horizonte, Quadrilha Tradicional Caipira na Roça, Povos Indígenas dos Kayapós, Quadrilha Tradicional Coração de São João, Povos Indígenas Muras e Quadrilha Tradicional Explosão Junina na Roça.
APRESENTAÇÕES
Ao todo, seis grupos de danças pisaram na arena neste sábado, representando quatro estilos diferentes. Se apresentaram: Dança Nordestina Cabras de Lampião, Cacetinho Tarianos do Ifam, Dança Nordestina Pisada do Sertão, Dança Regional Simetria Norte, Dança Nordestina Justiceiros do Sertão e Povos Indígenas Cuximiraíba.
As danças nordestinas foram o grande destaque da noite. Interpretando Maria Bonita na Dança Nordestina Cabras de Lampião, Pauline Figueiredo destacou a importância da representatividade feminina na arte amazonense, ressaltando o espaço conquistado dentro do festival.”Estou muito feliz, emocionada e realizada por, mais um ano, estar participando do Festival Folclórico do Amazonas. Amo a dança nordestina, e este palco é o momento de mostrar nossa arte, a força feminina — através do meu papel”, afirmou.
Estreando como Lampião da Dança Nordestina Pisada do Sertão, Adrian Rafael enfatizou a força do grupo na preparação para o grande momento e disse estar confiante para viver o personagem que lidera o bando.“Danço desde pequeno, e interpretar o Lampião me deixa confiante, porque foram meses de ensaio”, declarou.
O coordenador da Pisada do Sertão, Berg Martins, exaltou o apoio da Secretaria de Cultura na manutenção da tradição folclórica e destacou a importância do incentivo institucional.
“São meses de trabalho, e sempre há uma grande preocupação em fazer um espetáculo maravilhoso para esse público que merece. Isso só é possível graças à Secretaria de Cultura, que mantém viva a tradição do folclore na nossa cidade. E que, a cada ano, a gente possa trabalhar ainda mais para continuar evoluindo”, afirmou.
Regionalidade em destaque
A oitava noite do festival também foi marcada pelas apresentações de dança regional, cacetinho e grupos indígenas.
Diretor da Dança Regional Simetria Norte, Marco Sahdo enfatizou a importância de exaltar a regionalidade amazônida no CCPA. Criado pela dama do teatro Ednelza Sahdo, o grupo completa quatro anos no Festival Folclórico do Amazonas.“Falar da nossa cultura, do nosso povo, das nossas tradições é essencial. Não podemos esquecer que estamos no coração da floresta. Falar sobre a cultura de outros estados e países é bonito, é válido — mas a gente não pode deixar de cultuar e exaltar o que é nosso”, pontuou.
Carregando a tradição familiar, o brincante Wilson Malima, do Cacetinho Tarianos do Ifam — que completa 67 anos de existência em 2025 — afirmou que, mesmo após mais de 20 anos defendendo a associação folclórica no festival, a emoção de pisar na arena continua sendo como se fosse a primeira vez. “A cada ano é uma sensação diferente. É uma dança que, pra mim, já vem de família, é tradição. Começou com meu pai, passou pros meus tios, e agora sou eu que tô levando adiante, no lugar da família”, declarou.