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Congresso Internacional de Educação Ambiental acontece em Manaus

O evento reúne representantes de 10 países de lingua portuguesa para discutir justiça climática, sustentabilidade e educação ambiental na Amazônia

O VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa (CPLP) começou ontem (21) e vai até o próximo dia 25, na Fundação Matias Machline, no Distrito Industrial I, na zona Sul de Manaus. O evento integra a agenda preparatória para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro deste ano, em Belém (PA).

O congresso reúne especialistas de diversos países para debater questões centrais para a região amazônica, como desenvolvimento sustentável, conservação ambiental, justiça climática e infraestrutura verde.

A cerimônia de abertura contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de representantes da CPLP, ministros de países lusófonos e lideranças da Rede Lusófona de Educação Ambiental (RedeLuso). A escolha de Manaus como sede partiu da própria ministra, que participa da programação.

Sobre a BR-319

Durante entrevista coletiva à imprensa, a ministra Marina Silva defendeu que a rodovia BR-319 — que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO) — seja submetida a uma avaliação ambiental estratégica, com o objetivo de verificar sua viabilidade sem causar danos ao meio ambiente.

Marina também destacou parcerias em articulação para o combate ao desmatamento, além de medidas voltadas à valorização e à proteção de comunidades ribeirinhas e tradicionais da Amazônia.

Sobre o Congresso

O VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental da CPLP é considerado o maior encontro sobre o tema no âmbito da comunidade lusófona. A edição deste ano reúne cerca de 1.600 participantes de 10 países, incluindo representantes de governos, universidades, movimentos sociais, comunidades tradicionais e organizações da sociedade civil.

Após 11 anos, o Brasil volta a sediar o evento, cuja trajetória inclui edições anteriores na Galícia (2007), Brasil (2013), Portugal (2015), São Tomé e Príncipe (2017), Guiné-Bissau (2019), Cabo Verde (2021) e Moçambique (2023).

Com o tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”, a programação inclui:

  • Conferências internacionais
  • Painéis temáticos sobre justiça climática, direitos socioambientais e políticas públicas
  • Apresentações científicas e pôsteres digitais
  • Mesas-redondas, minicursos e oficinas com especialistas da lusofonia
  • Feira de Sabores e Saberes (atividade cultural e gastronômica)
  • Visitas técnicas e imersões em comunidades tradicionais da Amazônia
  • Lançamentos de livros e materiais didáticos
  • Eventos integrados e formações externas voltadas a públicos específicos de Manaus e região 

A estrutura do congresso está organizada em torno de cinco eixos temáticos, que irão compor a Carta de Manaus — um documento político-pedagógico construído coletivamente ao longo do evento. 

Os temas abordam desde os compromissos internacionais com a educação ambiental até o protagonismo das comunidades tradicionais na promoção da justiça climática.

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